Por Anna Flávia Rochas
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr., disse nesta quarta-feira que um reajuste tarifário extraordinário é uma possível solução para aliviar os gastos de curto prazo das distribuidoras de energia, principalmente no que se refere ao aumento de 46 por cento da tarifa de repasse de potência de Itaipu aprovada na terça-feira.
Segundo ele, somente para pagar os custos em Itaipu, haveria uma alta de cerca de 12 por cento nas tarifas de energia de consumidores de distribuidoras da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Conforme as regras atuais, essa conta de Itaipu é paga de
imediato no início do ano que vem pelas distribuidoras para somente ser repassada aos consumidores nos próximos reajustes anuais de tarifas.
Outra alternativa, segundo o executivo, seria as distribuidoras terem uma "conta gráfica" com Itaipu e somente realizar o pagamento desses custos na data de reajuste das tarifas dos consumidores ao longo do ano.
"Doze por cento de aumento é uma pancada e eu não consigo carregar", disse o executivo a jornalistas após encontro com investidores que celebrou 10 anos de IPO da companhia.