(Reuters) - A empresa de segurança cibernética CrowdStrike implementou uma correção para um problema que desencadeou um grande apagão tecnológico, afetando setores que vão desde companhias aéreas a bancos e saúde em todo o mundo, disse o presidente-executivo da empresa nesta sexta-feira.
A Microsoft (NASDAQ:MSFT) disse separadamente que havia resolvido a causa subjacente da interrupção de seus aplicativos e serviços 365, incluindo Teams e OneDrive, mas o impacto residual estava afetando alguns serviços.
"Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implementada", disse o presidente-executivo da CrowdStrike, George Kurtz, em um post na plataforma de rede social X.
O problema foi causado por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts Microsoft Windows, disse Kurtz, acrescentando que os hosts Mac e Linux não foram afetados.
As ações da CrowdStrike caíram quase 12% nas negociações pré-mercado, enquanto a Microsoft caiu 1,4%.
Um enorme apagão de TI estava afetando as operações em empresas de vários setores na sexta-feira, com importantes companhias aéreas suspendendo voos, algumas emissoras fora do ar e setores que variam de bancos a saúde atingidos por problemas no sistema.
"Lamentamos profundamente o impacto que causamos aos clientes, aos viajantes e a qualquer pessoa afetada por isso, inclusive nossa empresa", afirmou Kurtz ao programa "Today", da NBC News.
"Muitos dos clientes estão reiniciando o sistema, e ele está sendo recuperado e estará operacional", disse Kurtz. "Pode levar algum tempo para alguns sistemas que não se recuperarão automaticamente."
O software "Falcon Sensor" da CrowdStrike estava fazendo com que o Microsoft Windows travasse e exibisse uma tela azul, de acordo com um alerta enviado pela CrowdStrike anteriormente a seus clientes e analisado pela Reuters.
O setor de viagens foi um dos mais atingidos, com aeroportos de todo o mundo relatando atrasos e problemas em seus sistemas de rede, enquanto bancos e instituições financeiras da Austrália, Índia e África do Sul alertaram os clientes sobre interrupções em seus serviços.
(Reportagem de Deborah Sophia em Bengaluru)