MADRI (Reuters) - Confrontada com uma profunda recessão no Brasil e margens fracas na Espanha, a chefe do espanhol Santander, Ana Botin, deve ressaltar o foco do banco em cortes de custos, buscando persuadir investidores nesta semana de que a rentabilidade está melhorando.
Ana Botin, que assumiu o cargo de presidente do Conselho de Administração há 12 meses com o falecimento de seu pai Emilio, fará o primeiro dia do investidor do Santander em quatro anos em 23 e 24 de setembro, em um momento em que novos desafios se acumulam para o maior banco da zona do euro.
Apesar de um aumento de capital de 7,5 bilhões de euros em janeiro, os níveis de capital principal do Santander permanecem sob os holofotes, aquém dos alcançados por muitos grandes pares europeus.
Analistas buscarão garantias do Santander durante o evento de dois dias em Londres sobre seu plano de crescer aumentando empréstimos e obtendo mais clientes, em vez de fazer aquisições, como era sua marca.
"O banco terá que aumentar os cortes de custos no Brasil e na Espanha e ser mais cauteloso sobre a forma como empresta no país latino-americano para melhorar a rentabilidade do grupo no médio prazo", disse Carlos Peixoto, analista do BPI.
O Santander já elevou sua meta de cortes de custos para o período de 2014 a 2016 em 500 milhões de euros, para 2 bilhões de euros, e pode aumentar a proposta novamente, disseram fontes do setor financeiro. O Santander se recusou a comentar.
(Por Jesús Aguado)