Bruxelas, 14 mai (EFE).- A Espanha conseguiu em março seu primeiro superávit comercial, de mais de 600 milhões de euros, desde que começou a série histórica, antecipou nesta terça-feira o ministro de Economia e Competitividade do país, Luis de Guindos.
Em entrevista coletiva posterior ao Conselho de Ministros de Economia da União Europeia (UE), De Guindos afirmou também que o superávit por conta corrente do balanço de pagamentos será de 2% a 3% este ano.
"Pela primeira vez desde que existe uma série de comércio exterior, na Espanha temos um superávit comercial de pouco mais de 600 milhões de euros", explicou De Guindos, que ressaltou que se trata de um "sinal que aponta para uma melhora do setor externo espanhol".
Este tem sido a "fonte fundamental da recuperação atual e futura e da modificação do modelo de comportamento da economia espanhola", sustentou.
Entre janeiro e março, as exportações cresceram em torno de 4%, apesar da desaceleração das economias espanhola, europeia e mundial, o que, segundo disse o ministro, "ressalta o lucro da competitividade da economia espanhola".
Da mesma forma, a reforma laboral está também "tendo um efeito positivo na competitividade espanhola", declarou De Guindos, ao ser perguntado por que o governo espanhol revisará a reforma laboral quando descarta de antemão modificá-la.
"Uma avaliação sempre é interessante, positiva", afirmou De Guindos, que reiterou que a reforma "está minimizando o impacto de uma recessão econômica sobre o mercado de trabalho e está tendo um efeito positivo na competitividade da economia espanhola".
De Guindos admitiu que houve uma "moderação na evolução das importações", mas ressaltou que a competitividade está ocorrendo através de instrumentos diferentes do preço.
"A distribuição geográfica é muito melhor que no passado, e também a composição das exportações", disse.
Segundo o ministro, outro elemento importante é o fato de que a queda das importações é superior à da demanda doméstica. Ele explicou que isso quer dizer que os produtos fabricados na Espanha não só competem com os do resto do mundo, mas também no próprio país.
"Parte da queda das importações não é pela queda da demanda doméstica, mas fundamentalmente porque os produtos espanhóis são mais competitivos, não só na Espanha, mas no mundo", especificou De Guindos. EFE
cae/id