BRASÍLIA (Reuters) - A Eletrobras (SA:ELET3) entrou no grupo das estatais com nota 10 no índice de governança criado pelo governo federal, o IG-Sest, ante nota 8 no último levantamento divulgado em novembro do ano passado, mostrou o Ministério do Planejamento nesta sexta-feira.
Junto com a elétrica que o governo busca privatizar, permanecem com nota 10 a Petrobras (SA:PETR4) e o Banco do Brasil (SA:BBAS3). A Caixa Econômica Federal melhorou sua nota a 9,7, sobre cerca de 7,5 antes, enquanto que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passou a 9,5, sobre 8.
De modo geral, a média das notas das 47 companhias passou a 6,93 neste segundo ciclo de avaliação, contra 4,08 no primeiro ciclo, que analisou 48 companhias.
Segundo o ministério, a melhoria foi puxada principalmente pelo resultado das empresas que elevaram suas notas em mais de 4 pontos, como por exemplo a Infraero, com 9,3; os Correios, com 7,4; a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), com 7,7; e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com 7,9.
Em novembro, Infraero, Correios e Conab estavam no nível 3, grupo com notas de 2,6 a 5,09. Já EPE estava no nível 4, em que a faixa era de 0 a 2,59.
A pior nota desta vez ficou com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), com 2,1, seguida por Hemobrás (3,8) e Ceasaminas (4,8).
Para o indicador, foram levados em consideração dados coletados em três dimensões: gestão, controle e auditoria; transparência das informações e conselhos, comitês e diretoria.
O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, pontuou que a avaliação deverá ser semestral e que, para a próxima edição, o governo considerará a efetividade das medidas implementadas, indo além, por exemplo, da simples verificação da instalação de comitês. Dentro desse quadro, as notas do próximo ciclo "talvez piorem", acrescentou ele.
(Por Marcela Ayres)