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Definição de novo CEO da Vale evita ruídos e restabelece unicidade no conselho, diz chairman

Publicado 27.08.2024, 18:45
© Reuters. Logo da Valen4/02/2019nREUTERS/Washington Alves
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Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O conselho de administração da Vale (BVMF:VALE3) buscou priorizar a definição da escolha de um novo presidente-executivo para a companhia o "quanto antes", de maneira responsável, de forma a evitar os ruídos com nomes de candidatos que surgiam no mercado, afirmou o presidente do colegiado, Daniel Stieler, nesta terça-feira à Reuters.

A companhia anunciou na véspera a escolha do atual vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores, Gustavo Pimenta, para liderar a mineradora, com o fim do mandato de Eduardo Bartolomeo previsto para o fim do ano. A notícia foi bem recebida pelo mercado e as ações da Vale na bolsa paulista B3 (BVMF:B3SA3) encerraram com alta de cerca de 3%.

Pimenta, CFO da companhia desde 2021, deverá assumir o comando neste ano, assim que ele e Bartolomeo entenderem ser o momento certo, disse Stieler, pontuando que a posse depende agora apenas de uma homologação do colegiado.

A Vale previa que a aprovação de uma lista tríplice de candidatos a CEO se daria até 30 de setembro, para que o novo presidente-executivo fosse formalizado e apresentado até o Vale Day, previsto para 3 de dezembro.

"Depois de muitas discussões com relação ao processo, o conselho se uniu, entendendo que a escolha desse executivo, quanto antes a gente fizesse, mas de uma maneira responsável, melhor seria para a companhia...", afirmou Stieler, em uma entrevista na sede da Vale, no Rio de Janeiro.

Segundo ele, a escolha já em agosto do novo presidente-executivo tira "um pouco desses ruídos de candidatos que toda hora ficavam aparecendo", que "nunca chegaram a ser avaliados".

"Foi uma decisão unânime (do conselho) que demonstra, eu acho que restabelece uma unicidade dentro do conselho de administração, e com certeza a confiança também."

Antes de dar início ao processo de sucessão, o conselho da Vale chegou a ficar dividido sobre se renovaria ou não o mandato de Bartolomeo.

A definição final ocorreu agora após o governo ter feito com frequência duras críticas sobre os rumos da mineradora nos últimos meses e ter dado sinais públicos de que gostaria de influenciar na escolha de um novo executivo. A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), é a principal acionista da companhia.

O conselho da Vale, porém, tem competência exclusiva para decidir sobre a escolha do presidente da companhia.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, chegou a afirmar em uma entrevista à Reuters, há cerca de um mês, que desde que ficou decidida a saída de Bartolomeo, em março deste ano, a Vale estaria "acéfala" e "sem alguém com autoridade" para tratar de assuntos que são relevantes ao interesse nacional.

Privatizada na década de 1990, a Vale tornou-se nos últimos anos uma empresa com capital pulverizado, sem controle definido, e tem como acionistas mais relevantes a Previ, a Mitsui e a Blackrock.

Stieler afirmou que ele mesmo comunicou ao governo, após a decisão do colegiado, e que ela foi "muito bem" recebida.

"A gente já sabia, porque quando você coloca um executivo com essas qualificações, não tem por que a outra parte ser refratária, não tem. Ou seja, escolhemos um bom executivo", afirmou.

Para o presidente do conselho, a Vale precisa aprimorar o processo de comunicação para o governo perceber o valor da companhia para a sociedade, e Pimenta tem as habilidades para guiar a companhia nesse rumo.

"A Vale tem que trazer à tona aquilo que é mais importante pra gente, que é a questão da reputação", frisou.

© Reuters. Logo da Vale
4/02/2019
REUTERS/Washington Alves

A Vale vem lidando com questões turbulentas desde que foi abalada por dois desabamentos de barragens, da joint venture Samarco, na qual é sócia da BHP, e de outra estrutura em Brumadinho (MG).

A companhia já fechou um acordo de reparação com governos sobre Brumadinho, mas ainda discute valores sobre a queda da barragem de Mariana (MG), em 2015.

(Por Marta Nogueira)

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