Investing.com - As commodities voltaram a dar o tom das primeiras horas do Ibovespa nesta terça-feira com a alta do minério de ferro dando suporte à disparada da Vale e os futuros metálicos apoiando as siderúrgicas. Fibria e Suzano também sobem mais de 3%, apesar da queda do dólar, com o reajuste do preço da celulose na Ásia.
A Vale (SA:VALE5) volta a ser destaque neste pregão com ganhos da ordem de 6,5% em novo dia de forte volatilidade com a especulação sobre os preços do aço e do minério, que, segundo analistas, não tem suporte real.
O minério de ferro avançou quase 6,5% para a entrega imediata no porto de Qingdao, se aproximando novamente dos US$ 75/t. Na bolsa de Dailan, os contratos futuros subiram 6% para 580,50 iuans.
O papel da empresa se aproxima dos R$ 25 no fim da manhã após ganhos de 5,5% e os 6,5% de hoje. Nas últimas semanas, a ação da companhia tem enfrentado forte volatilidade acompanhando o preço do minério. Nos últimos 10 pregões, em sete sessões o ativo variou mais de 4% no dia, com picos de alta de mais de 8% e quedas de 7%.
O preço do vergalhão de aço saltou 6% tocando na máxima de US$ 421 a tonelada.
Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) e Usiminas (SA:USIM5) disparam 5% enquanto a CSN (SA:CSNA3) sobre mais de 6,5% em um dia de forte volume. Gerdau (SA:GGBR4) sobe 4% em seu primeiro dia de negociação ex-dividendos. A empresa pagará em 1º de dezembro R$ 0,02 por ação.
Reajuste de celulose
As exportadoras Fibria (SA:FIBR3) e Suzano (SA:SUZB5) sobem, respectivamente, 5% e 4% no Ibovespa nesta terça-feira após anunciarem reajuste na cotação da celulose para o mercado asiático.
As empresas elevaram de US$ 530/tonelada para US$ 550/tonelada da commodity para os negócios a partir de 1º de dezembro.
Segundo a Guide, o impacto do anúncio é positivo e as condições dos mercados estão favoráveis com equilíbrio após a a forte queda de preços ao longo de 2016. As empresas estão aproveitando o atraso do projeto OKI da Asia Pulp & Paper, o fechamento de capacidade e o bom desempenho da demanda do continente, de acordo com relatório da corretora.
A alta das empresas ocorre em um dia de queda do dólar frente ao real o que tende a pressionar a cotação das exportadoras, que possuem grande parte da receita atrelada à moeda.