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Dilma anuncia investimento em educação para garantir conquistas trabalhistas

Publicado 01.05.2013, 22:41
Atualizado 01.05.2013, 23:14

Brasília, 1 mai (EFE).- A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira que enviou um projeto de lei ao Congresso para garantir que todos o valor dos royalties do petróleo sejam investidos em educação como forma de garantir os recordes alcançados pelo país nos últimos anos em geração de emprego e aumentos salariais.

Dilma fez este anúncio em rede nacional de rádio e televisão como parte das comemorações pelo Primeiro de Maio. A governante destacou que, com o desemprego em níveis mínimos históricos e a renda em alta, os sindicatos brasileiros já não pedem postos de trabalho, mas educação.

A presidente já tinha antecipado na semana passada sua decisão de insistir perante o Congresso que todos o valor dos royalties seja destinado à educação, depois que tanto o Senado como a Câmara dos Deputados vetaram essa proposta.

No pronunciamento de hoje, no entanto, Dilma assegurou que a proposta é de interesse dos trabalhadores, nos quais buscou respaldo e aos quais pediu que "incentivem seu deputado e seu senador para que eles apóiem essa iniciativa".

A governante afirmou que sua proposta prevê que tanto os royalties como todos os recursos públicos procedentes das gigantescas reservas que o Brasil descobriu em águas profundas sejam investidas em educação.

"O Brasil vai continuar usando instrumentos eficazes para ampliar o emprego, o salário e o poder de compra do trabalhador, mas a partir de agora vai privilegiar como nunca um instrumento que mais amplia o emprego e o salário: a educação", afirmou.

Dilma declarou que, apesar da crise econômica internacional, o Brasil conseguiu grandes avanços contra o desemprego por ter adotado políticas econômicas e sociais "corretas e reconhecidas internacionalmente como as mais modernas e amplas do mundo".

Apesar de a economia brasileira ter sofrido uma desaceleração nos dois últimos anos como consequência da crise, o desemprego manteve uma tendência de queda, e é cada vez menor o número de trabalhadores informais no país.

A taxa média de desemprego no Brasil em 2012 foi de 5,5%, a menor desde que o indicador começou a ser medido com critérios mais rigorosos, em 2002.

Segundo a presidente, as políticas de distribuição de renda adotadas nos últimos dez anos permitiram que 36 milhões de brasileiros saíssem da condição de pobreza e que 40 milhões ascendessem à classe média.

Ela acrescentou que as mesmas políticas permitiram que o Brasil gerasse 19,3 milhões de novos empregos formais em dez anos, e que o salário mínimo legal aumentasse em 70% em termos reais no mesmo período.

"Isso nos colocou, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), em uma posição privilegiada como o país que mais reduziu o desemprego entre 2008 e 2012, com uma queda de 30%", enquanto nos países afetados pela crise cresceram o desemprego e as perdas salariais, afirmou.

Segundo Dilma, para garantir as conquistas trabalhistas, o governo não vai descuidar do controle da inflação, que definiu como "uma luta permanente", e manterá os pilares da política econômica, que têm como base o crescimento sustentável e a estabilidade.

A presidente disse ainda que a preservação das conquistas trabalhistas, que ajudam a reduzir os efeitos da crise internacional no país, exigem investimentos em educação que garantam o acesso de todos os brasileiros a empregos mais qualificados.

"Só a educação pode garantir um maior acesso ao emprego e a uma renda elevada", afirmou Dilma, para quem o "Brasil precisa de uma grande revolução no ensino que o coloque no futuro como nação livre e soberana, e que forme principalmente os jovens, para que possamos triunfar em um mundo cada vez mais competitivo". EFE

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