O Diretor Executivo da divisão de aeronaves comerciais da Airbus, Christian Scherer, reconheceu os desafios contínuos com o fornecimento de motores da CFM International e problemas de produção na Spirit AeroSystems. Durante uma reunião com a imprensa aeroespacial francesa, Scherer destacou que, embora a recente greve dos trabalhadores da Boeing não tenha afetado diretamente as entregas de peças da Airbus por fornecedores compartilhados, a empresa permanece vigilante quanto ao potencial impacto mais amplo.
A Airbus havia ajustado anteriormente suas metas industriais e emitido um alerta de lucros em julho, atribuindo a decisão à escassez de motores da CFM, uma empresa de propriedade conjunta da GE Aerospace e da francesa Safran, e à falta de peças de outros fornecedores. O fornecimento de motores da CFM foi descrito como um problema de "caminho crítico" por Scherer, que expressou seu pesar pela situação.
O diretor financeiro da GE Aerospace, Rahul Ghai, falando em uma conferência da Jefferies no mês passado, indicou que a produção de motores no terceiro trimestre mostraria uma melhora em relação ao segundo trimestre, embora ainda sob pressão quando comparada ao ano passado. Ghai projetou mais progresso no quarto trimestre.
Além das preocupações com o fornecimento de motores, Scherer destacou os desafios de produção na Spirit AeroSystems, um fornecedor de aeroestruturas dos EUA. A Airbus supostamente enviou dezenas de seus trabalhadores para fábricas-chave da Spirit para ajudar a estabilizar as operações, já que as taxas de produção não atenderam às preferências da Airbus.
Apesar desses desafios, a Airbus testemunhou uma forte demanda por seus jatos de fuselagem larga, sugerindo um possível aumento na produção do A330neo, que atualmente está sendo produzido a uma taxa de aproximadamente quatro aeronaves por mês. Além disso, Scherer mencionou que a ideia de uma versão alongada do A220 ainda está sendo considerada, embora fontes da indústria tenham sugerido que os fabricantes de motores estão céticos em relação ao plano devido a preocupações de que isso possa afetar as vendas de modelos maiores e mais populares.
A Spirit AeroSystems respondeu afirmando que está entregando de acordo com o cronograma da Airbus e que a presença de funcionários da Airbus faz parte de um programa conjunto de melhoria contínua, não indicando novos ou urgentes problemas de produção.
A Reuters contribuiu para este artigo.
Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.