Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - A Oi (SA:OIBR3) alcançou R4 4,5 bilhões em receitas no 3T21, uma queda de 3,9% no comparativo anual, mas dentro das previsões da Genial Investimentos. Porém, a queda de 0,2% no Ebitda, para R$ 1,46 bilhão, e o avanço de 1,2 p.p. na margem Ebitda, para 32%, foram resultados positivos na melhora na eficiência operacional, segundo a corretora, que esperava valor mais baixo, por causa do aumento do custo frente à situação macroeconômica.
Sobre o prejuízo de R$ 4,8 bilhões, a Genial aponta que as principais razões para esses resultados foram a variação cambial, o aumento dos juros e da inflação no Brasil e a depreciação cambial sobre passivos onerosos, como contratos de transmissão de dados por cabos submarinos e satélites. Esses fatores impactam diretamente as dívidas da empresa, atreladas ao real e a moedas estrangeiras, que acabaram se tornando mais caras para pagar.
Apesar dos bons números operacionais, a Oi ainda mantém fortes passivos, com uma grande dívida que pesa no balanço e resulta em prejuízos significativos. Por isso, a Genial interpreta os dados do 3T21 como negativos para a empresa.
Neste contexto de situação financeira não resolvida, junto com a questão da venda dos ativos móveis em análise pelo Cade necessários para a saída do processo de recuperação judicial, a Genial considera o ativo arriscado e reitera a sua recomendação de manter a ação da Oi, com um preço-alvo em R$ 1,20.
Às 16h02, os papéis recuavam 5,88%, a R$ 0,96.