O dólar ajusta-se em baixa na manhã desta terça-feira, 14, acompanhando tendência da moeda americana e dos retornos dos Treasuries antes da publicação da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA em janeiro (10h30). Os investidores digerem também a entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao programa Roda Vida e ausência de novas críticas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao BC, suas metas de inflação e o patamar de juros no País.
Campos Neto garantiu que não propôs em nenhum momento ao governo mudanças na meta de inflação. Ele reconheceu apenas discussões para aprimoramento do regime de metas, visando sua eficiência. "Não estudamos mudança de metas. Não entendemos que a meta seja instrumento da política monetária. Existem, obviamente, aprimoramentos que podemos fazer", afirmou.
O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, têm encontro às 10h, no Palácio do Planalto, para debater a eventual mudança na meta de inflação, segundo o G1. Na próxima quinta-feira, o Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne e pode debater a questão se houver decisão do presidente Lula sobre o tema.
No exterior, segundo o Projeções Broadcast, a mediana das estimativas de 25 analistas consultados aponta alta de 0,5% para o CPI dos EUA em janeiro, na comparação mensal, acima do avanço mensal de 0,1% em dezembro, e para o núcleo, que exclui os voláteis itens de energia e alimentos, +0,4%, igual à leitura do mês anterior. Também serão monitoradas novas sinalizações de política monetária por membros do Federal Reserve (Fed). Nas últimas semanas, os dirigentes do BC americano vêm sinalizando que o aperto de juros está incompleto e que terão de elevar ainda mais as taxas para trazer a inflação de volta à meta oficial de 2%.
Às 9h15, o dólar à vista caía 0,39%, a R$ 5,1563. O dólar março cedia 0,11%, a R$ 5,1680.