O dólar começa a sexta-feira em alta ante o real, em sintonia com o sentimento de cautela observado ontem, enquanto investidores aguardam pela reunião de política monetária do Federal Reserve, o banco central americano. A moeda americana se fortalece ante a grande maioria das divisas pelo mundo, enquanto as bolsas de valores registram perdas. Com a agenda mais escassa nos Estados Unidos, os investidores repercutem dados econômicos da Europa e da China.
A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro atingiu nova máxima histórica de 9,1% em agosto, ao acelerar de 8,9% em julho, segundo dados finais divulgados hoje pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O CPI recorde pressiona o Banco Central Europeu (BCE) a continuar elevando suas taxas de juros. A meta de inflação do BCE é de 2%.
Na China, a atividade econômica mostrou sinais de melhora em agosto, superando as expectativas do mercado, à medida que as medidas do governo para apoiar o crescimento começaram a entrar em vigor, informou o Departamento Nacional de Estatísticas (NBS) ontem. A produção industrial e as vendas do varejo subiram mais que o esperado.
No Brasil, o destaque da manhã fica por conta do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), que recuou 0,90% em setembro, após a queda de 0,69% em agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). A deflação deste mês foi maior que a mediana das estimativas do Projeções Broadcast, que apontava queda de 0,60% nos preços.
Às 9h48, o dólar à vista era negociado a R$ 5,2731, em alta de 0,65%. No mercado futuro, a divisa para liquidação em outubro avançava 0,50% aos R$ 5,2930. O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de moedas fortes, subia 0,32%, aos 110,08 pontos.