Por Sinéad Carew
NOVA YORK (Reuters) - O índice acionário norte-americano S&P 500 fechou em leve queda nesta quarta-feira, mas acima do menor nível na sessão, depois de testemunhos no Congresso dos Estados Unidos de representantes de comércio e do banco central do país, além de depoimento de um ex-advogado de Donald Trump, que trouxe algumas surpresas.
O S&P 500 (SPX) fechou em queda de 0,05 por cento, a 2.792,38 pontos, enquanto o Dow Jones (DJI) teve recuo de 0,28 por cento, a 25.985,16 pontos. O Nasdaq (IXIC) teve oscilação positiva de 0,07 por cento, a 7.554,51 pontos.
O representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, afirmou durante audiência no Congresso que o país e a China ainda têm trabalho duro pela frente para conseguirem um acordo na guerra comercial iniciada por Washington. Os comentários foram as primeiras manifestações públicas de Lighthizer desde que Trump anunciou no domingo na elevação de tarifas de importação de produtos da China.
Já o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou ao Congresso que o banco central norte-americano vai parar de reduzir neste ano a carteira de títulos de 4 trilhões de dólares da autoridade monetária, encerrando um processo que investidores afirmam que tem propósitos cruzados com a atual pausa no aumento da taxa de juros do país.
"As duas coisas que têm sido motivadores do mercado são a estratégia do banco central e as negociações comerciais. As duas pessoas mais importantes nestas áreas deram depoimentos hoje. Quando eles disseram coisas razoáveis e planejadas, as ações se recuperaram", disse Brian Battle, diretor na Performance Trust Capital Partners em Chicago.
Também nesta quarta-feira, Michael Cohen, ex-advogado de Trump, chamou o presidente norte-americano de "vigarista", mas afirmou que ele não tinha evidência direta de que Trump participou de conluio com Moscou durante sua campanha eleitoral em 2016.
Brian Belski, estrategista de investimentos na BMO Capital Markets, em Nova York, afirmou que o mercado se recuperou quando investidores perceberam que não haveria no depoimento de Cohen "algum tipo de bomba".
(Por Sinéad Carew)