BEIRUTE (Reuters) - Homens armados tomaram uma delegacia de polícia em uma cidade na fronteira do Líbano com a Síria e mataram dois soldados neste sábado, fazendo o Exército libanês advertir que dará uma resposta "decisiva" à mais grave propagação da guerra civil síria em meses.
Dois civis libaneses também foram mortos tentando impedir que soldados da Frente Nusra, um braço da Al Qaeda na Síria, invadissem o prédio na cidade de Arsal, segundo fontes de segurança e a mídia estatal.
Em outro caso de violência neste sábado, do outro lado da fronteira, na região síria de Qalamoun, as forças do presidente da Síria, Bashar al-Assad, mataram pelo menos 50 rebeldes, inclusive da Frente Nusra.
O Líbano, um país de cerca de 4 milhões de pessoas que ainda se recupera de sua própria guerra civil de 1975-1990, está sendo duramente afetado por conflitos sectários regionais que têm visto o surgimento de facções islâmicas radicais do Iraque na região do Mediterrâneo.
O país tem sido especialmente atingido pelos mais de três anos de guerra na vizinha Síria, onde rebeldes muçulmanos sunitas lutam para derrubar Assad, membro da minoria alauíta, uma ramificação do xiismo.
A violência deste sábado em Arsal começou depois que as autoridades libanesas prenderam um líder da Frente Nusra, Emad Jumaa, em um posto de controle perto da cidade, disseram fontes de segurança. Em resposta, homens armados e mascarados se espalharam na área e invadiram a delegacia.
Um combatente da Frente Nusra disse à Reuters que os combatentes não irão sair da delegacia até que Jumaa seja liberado.
(Reportagem de Alexander Dziadosz)