Buenos Aires, 21 dez (EFE).- Duas pessoas morreram durante os saques aos supermercados de empresários chineses na cidade argentina de Rosário, que foram registrados entre a noite de quinta-feira e a madrugada desta sexta-feira, confirmaram fontes oficiais.
O secretário de Segurança da província de Santa Fé, Matías Drivet, disse em entrevista coletiva que duas pessoas morreram, uma por conta de um ferimento feito com uma arma de fogo e outra por um ferimento causado por algum objeto cortante.
O funcionário informou que, além dos dois mortos, cujas identidades não foram divulgadas, há duas pessoas internadas em hospitais da cidade com ferimentos feitos por armas de fogo.
"Nenhuma destas pessoas morreu por ações policiais. Desde ontem, quando começaram a ocorrer certos distúrbios de rua, foi dada uma ordem ao chefe da Polícia de Santa Fé de trabalhar com elementos para dispersão, sem armas com munição de chumbo", disse Drivet.
O ministro de Segurança de Santa Fé, Raúl Lamberto, disse na entrevista coletiva que os saques foram registrados depois que a cidade sofreu, na quarta-feira, uma forte tempestade que causou inundações em alguns pontos da cidade, embora tenha esclarecido que as zonas onde foram registrados estes saques não foram as mais afetadas.
"As pessoas utilizaram esta tempestade para vandalizar. Houve autores e atores e fatos que não têm nada a ver com problemas sociais", disse Lamberto.
O ministro pediu à Justiça que identifique os reponsáveis, que segundo ele eram em sua maioria jovens e roubaram comércios de alimentos e bebidas alcoólicas.
Após o acionamento da polícia, foram detidas 137 pessoas, 29 delas menores de idade, e apreendidas armas de fogo e veículos roubados.
Entre a noite de quinta-feira e a madrugada desta sexta, também foram registrados saques em comércios da cidade de Governador Gálvez, na periferia de Rosário, e nas cidades portenhas de Campana e Zárate e em Resistência (província de Chaco).
Estes fatos foram registrados depois que na manhã de quinta-feira, uma centena de pessoas saquearam dois supermercadores em Bariloche. EFE