Nações Unidas, 7 jun (EFE).- O crescimento das economias da América Latina e do Caribe ficará neste ano em torno de 3,7%, e em 2013 registrará uma maior expansão, de 4,2%, segundo um relatório da ONU sobre a "Situação e Perspectivas da Economia Mundial em 2012" que foi publicado nesta quinta-feira.
O organismo internacional divulgou hoje seu relatório semestral sobre a evolução econômica global, no qual indica que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial crescerá 2,5% em 2012 e 3,1% em 2013. O relatório afirma que a crise da dívida na eurozona é a "mais grave ameaça" para a economia mundial.
No caso da América do Sul, o documento diz que a região crescerá neste ano 3,8% e 4,4% em 2013. O relatório aponta que a expansão do Brasil será de 3,3% em 2012 e de 4,5% no ano seguinte.
"Espera-se que o crescimento econômico brasileiro se recupere gradualmente em 2012 e 2013 à medida que os investimentos do setor privado se vejam apoiados por um relaxamento monetário e o aumento da despesa governamental", diz o documento.
O relatório alerta para o problema das altas taxas de desemprego na região e aponta que no México e Venezuela existem índices de subemprego.
O documento afirma que as taxas de desemprego aumentaram na região, especialmente no Brasil, embora o índice deste ano no país seja menor do que em 2011.
O relatório alerta que na região segue existindo elevadas taxas de subemprego e empregos vulneráveis, da mesma forma que baixos salários e "uma ausência de rede social".
Para a região do México e América Central a ONU prevê um crescimento do PIB de 3,4% em 2012 e de 3,9% em 2013.
Para os países em desenvolvimento, a ONU prevê um crescimento econômico global de 5,3% em 2012. Os especialistas do organismo internacional indicam também que as economias do Caribe registrarão um aumento do crescimento do PIB de 3,3% em 2012 e de 4% em 2013.
Os economistas da ONU indicam que em muitos países latino-americanos as medidas de estímulo monetário e fiscal reduziram o nível de crescimento da demanda interna.
O documento também afirma que a margem de manobra na política fiscal é reduzida devido aos altos níveis de endividamento público na região.
"No caso da Argentina se espera uma profunda diminuição do crescimento econômico em 2012, seguida por um período de rápido crescimento", diz o relatório.
A região, além disso, também será afetada pelo impacto da crise da zona do euro, assim como pelo menor crescimento da demanda na China e Estados Unidos, seus principais mercados para exportação. EFE