Investing.com - A Eletrobras dispara nesta quarta-feira com as notícias de que o governo prepara autorização para privatizar subsidiárias e alterar o regime de venda de energia de usinas mais antigas.
A ação preferencial (SA:ELET6) avança 3% para R$ 16,80, depois de tocar nos R$ 17 na primeira hora de pregão. Há quase um mês a estatal opera de lado na bolsa, entre os R$ 17 de máxima e R$ 15,80 de mínima nos fechamentos do dia.
O papel ordinário (SA:ELET3) sobe 4,5% e vai a R$ 13,20, com máxima de R$ 13,34 no intraday, maior valor desde 22 de junho.
O Estado de S. Paulo informou hoje que o governo poderia autorizar a venda de subsidiárias como Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul. A informação foi negada por uma fonte à Reuters, que disse que o governo quer renovar o setor, mas não estuda privatizar integralmente estatais do grupo.
A Eletrobras deverá renovar contratos de entrega de energia de suas usinas mais antigas a preços maiores no mercado, gerando mais receita para a estatal e o governo.
A reforma deverá vir em um pacote para tentar resolver o problema do risco hidrológico, que envolve disputas judiciais de bilhões de reais. A proposta será de compensação financeira das hidrelétricas, quando o Operador Nacional do Sistema (ONS) reduzir a geração pelo aumento do risco de falta de água nos reservatórios.
O plano deverá anular a medida provisória assinada pela presidente Dilma Rousseff no fim de 2013, muito criticada pelo setor. Os agentes não receberiam os pagamentos retroativos, mas seriam compensados pela prorrogação da concessão.