Nova York, 10 mai (EFE).- Com a praça Times Square como cenário e na presença do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, a Espanha promoveu nesta sexta-feira um fórum sobre sua economia - para a qual busca recuperar confiança - que contou com a participação de dirigentes de empresas como Banco de España, Repsol, Indra e Dragados.
"O principal desafio da economia espanhola nesta difícil situação é recuperar confiança na capacidade de crescer no marco da união monetária", disse no início da conferência o diretor-geral do Serviço de Estudos do Banco de España, José Luis Malo de Molina.
Na sede da Bolsa de Valores Nasdaq, na Times Square, o economista fez um repasse da situação da Espanha para aproximadamente 150 pessoas que participaram deste primeiro "Fórum de Economia Espanhola", organizado pela Câmara de Comércio Espanha-Estados Unidos e que acontecerá anualmente.
Malo de Molina explicou que seu país está "emergindo" da "brusca paralisação no financiamento externo" que o levou a uma segunda recessão, "mais leve que a primeira, mas mais prolongada", mas disse que, "felizmente, esse perigoso episódio foi superado", e "o pior ficou para trás".
Perguntado se a Espanha precisará de um resgate, o economista respondeu com um taxativo "não" e lembrou que o país já está recebendo a ajuda da União Europeia para reestruturar seu sistema bancário e que o Banco Central Europeu pôs à disposição de quem o solicitar um mecanismo para a compra de dívida soberana.
Malo de Molina previu para a Espanha uma "estabilização" econômica para o final do ano, com uma contração de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para o conjunto de 2013.
O fórum continuou com um convidado de luxo, o prefeito Bloomberg, que, após fazer algumas brincadeiras sobre sua pouca intimidade com o idioma espanhol, ofereceu a 'Big Apple' como porta de entrada nos Estados Unidos para as empresas do país europeu, que contam com uma "grande" presença na cidade.
Bloomberg lembrou que a filial da construtora ACS, Dragados EUA, é responsável pelas obras da linha de trens que ligará o bairro de Queens à famosa estação Grand Central de Manhattan, e que a companhia Cemusa é a encarregada de projetar parte do mobiliário urbano.
Também participaram dessa conferência sobre as indústrias-chave da Espanha, entre outros, o vice-presidente executivo da Dragados EUA, Christopher Ward; o diretor corporativo de relações institucionais da Repsol, Arturo Gonzalo; o diretor de desenvolvimento estratégico da Indra, Juan González, o executivo-chefe da Exceltur, José Luis Zoreda; e o Alto Comissariado para a "Marca Espanha", Carlos Espinosa de los Monteros.
"Muita gente não reconhece as possibilidades de alta tecnologia que nosso país oferece, temos que mudar nossa imagem de um país tradicional para a de um moderno", declarou De los Monteros, que recentemente esteve em Miami para celebrar o quinto centenário do descobrimento da Flórida pelo explorador espanhol Juan Ponce de León, ocorrido em 1513. EFE
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