Investing.com - Em dia negativo para os mercados de ações internacionais, e especialmente no Brasil por conta da cena eleitoral, as ações da Eletrobras (SA:ELET3) operam em queda de 4,09% a R$ 15,24, mesmo diante de notícias favoráveis à estatal.
Ontem, a companhia confirmou que vai reabrir em outubro o Plano de Demissão Consensual (PDC). Segundo o presidente da empresa, Wilson Ferreira Júnior, o objetivo é desligar cerca de 2,4 mil funcionários que são um excedente de mão de obra no momento. “A tecnologia que é mais avançada, a padronização e a organização dos processos vão permitir ao grupo Eletrobras, como um todo, reduzir em torno de 2,4 mil empregados”, disse o presidente sobre as razões que tornam o quadro maior do que o necessário.
Na primeira etapa do PDC, houve adesão de 736 empregados. Ferreira disse que espera terminar a gestão na empresa com um quadro de funcionários reduzido à metade do que quando assumiu o cargo. De acordo com ele, eram 24 mil empregados em junho de 2016. Com as privatizações e programas de demissão, Ferreira pretende entregar a companhia com 12 mil funcionários no início do ano que vem.
A empresa propôs o pagamento da multa do FGTS, somado ao aviso prévio correspondente a três salários do empregado, mais 50% relativos à soma dos valores da multa e do aviso prévio, além de cinco anos de plano de saúde para quem aderir ao plano de demissão.
Na visão da Mirae Asset, a notícia é positiva para a Eletrobras, que foi uma das estatais mais penalizadas nos últimos anos, com políticas sociais, que penalizaram a empresa. No momento, a recomendação segue neutra para a ELET6, uma vez que por conta da indefinição do cenário político, deverá continua volátil em bolsa. Para os analistas, o melhor cenário para a empresa seria um governo que adotasse uma menor intromissão na empresa. A empresa negocia a um P/VPA de 0,5x.
Para a XP Investimentos, a notícia é também positiva, destacando a intenção de Ferreira de permanecer no comando da empresa caso o próximo governo apoie o processo de privatização da Eletrobras.