Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - O Ibovespa Futuros começa o dia em alta, assim como as bolsas em todo o mundo, à espera dos resultados das eleições dos EUA. Às 9h23, o índice subia 1,60%, aos 99.518 pontos.
Na quarta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 1,97%, aos 97.866,81 pontos, refletindo o otimismo do PMI brasileiro e da autonomia do Banco Central. O EWZ (NYSE:EWZ), por sua vez, ETF que reflete o Ibovespa em Nova York, fechou em alta de 3,20%, a 28,40.
Os índices dos EUA tinham alta, com a perspectiva do anúncio de um resultado ainda hoje. Até agora, nenhum dos dois candidatos alcançou os 270 colégios eleitorais de que precisam para vencer, mas Joe Biden está na frente. Trump já recorreu ao Judiciário em Pensilvânia, Michigan e Geórgia e promete contestar o resultado eleitoral, o que poderia manter os resultados indefinidos por semanas.
O índice S&P 500 Futuros subia 1,8%; o Nasdaq 100 Futuros ganhava 2,6%; e o Dow Jones Futuros tinha alta de 1,4%.
As eleições do Congresso também são observadas pelo mercado. A percepção é que os democratas devem conquistar o controle na Câmara, e os republicanos o do Senado. O cenário, no entanto, ainda pode mudar. A divisão do Congresso é considerada positiva por grande parte dos investidores, pois medidas radicais de qualquer um dos candidatos teriam menos chance de ser aprovadas.
Outro aceno positivo aos mercados foi uma fala de Mitch McConnel, líder da maioria republicana no Senado, sobre a possibilidade de um pacote de estímulo ainda em 2020.
Na Europa, as bolsas subiam com a expectativa de vitória de Joe Biden, apesar das perspectivas sombrias em relação ao coronavírus. No Reino Unido, tem início um novo lockdown de um mês.
No Brasil, foi confirmada ontem a queda do veto das desonerações, que afetará 17 setores e trará custo aproximado de R$ 10 bilhões em dois anos. Os vetos ao marco do saneamento, porém, foram adiados para 18 de novembro depois de não conseguirem acordo. O governo também derrubou a proposta que estenderia o pagamento das parcelas do seguro-desemprego por mais dois meses, o que deveria ter impacto de R$ 7,3 bilhões.
No noticiário corporativo, a Alphaville SA alterou a data de precificação de seu IPO, previsto para sexta-feira (6), para o dia 10 de novembro, devido a uma oferta de investimento. A CSN (SA:CSNA3), por sua vez, pode adiar o IPO de sua mineradora, devido às incertezas políticas e econômicas do país, para o ano que vem.