Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou nesta sexta-feira que a Petrobras (BVMF:PETR4) contará com um ambiente de "estabilidade" nas próximas horas ou nos próximos dias, em meio à polêmica envolvendo eventual troca de comando da estatal.
O ministro avaliou ainda, em entrevista à GloboNews, que qualquer afirmação sobre mudanças na presidência da Petrobras "é muito mais especulação e chute do que propriamente baseada em elementos concretos e objetivos".
"Eu sinceramente acho que em poucas horas, em poucos dias, a gente vai estar com um cenário de estabilidade para a Petrobras poder se preocupar com aquilo que é a atenção principal dela", disse o ministro na entrevista.
Pimenta lembrou que as bolsas estarão fechadas no fim de semana -- o que pode resultar em menos oscilações no mercado para a empresa --, e ponderou que a "melhor receita é ter cautela".
Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá se envolver de forma "mais direta" na busca de uma solução para a situação.
Duas fontes do governo disseram à Reuters na quinta-feira que a demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, era provável nos próximos dias, ao passo que pessoas ligadas ao CEO da estatal acreditavam que ele teria fôlego para passar por mais esta "fritura", a depender de Lula.
As conversas sobre eventual saída do executivo ganharam força após entrevista nesta semana do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em meio a debates sobre o pagamento de dividendos extraordinários pela empresa.
Dois nomes teriam sido cotados para assumir a vaga, segundo essas duas fontes: o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e Bruno Moretti, secretário especial da Casa Civil da Presidência e integrante do conselho de administração da Petrobras.