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Empresários brasileiros e espanhóis se associam em busca de mercados na Ásia

Publicado 04.06.2012, 16:39
Atualizado 04.06.2012, 17:07

Brasília, 4 jun (EFE).- As principais organizações empresariais do Brasil e da Espanha assinaram nesta segunda-feira, por ocasião da visita do rei Juan Carlos a Brasília, um acordo para trabalhar conjuntamente na abertura de novos mercados na Ásia e no Oriente Médio.

A associação comercial foi assinada em Brasília pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, e por seu colega da Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (Ceoe), Juan Rosell.

O dirigente espanhol lidera a delegação de empresários que acompanha o rei Juan Carlos na visita de trabalho ao Brasil e ao Chile, que começou nesta segunda-feira por Brasília.

Na mesma reunião entre os representantes da CNI e da Ceoe, foi anunciada a criação do Conselho Empresarial Brasil-Espanha, que será responsável tanto pelas iniciativas para tentar ampliar exportações dos dois países como por um acordo de associação na área de educação, diante da necessidade brasileira de capacitar mão de obra.

O objetivo dos acordos é "unir forças" e alcançar novos mercados para os produtos brasileiros e espanhóis em regiões promissoras como a Ásia e o Oriente Médio, afirmou Robson Braga na cerimônia de assinatura dos convênios.

"Brasil e Espanha precisam se unir para atingir estes mercados. Em alguns deles, a Espanha tem uma penetração maior", afirmou o líder empresarial brasileiro. "Também estamos vendo a possibilidade de fazer medidas conjuntas, como treinamento e qualificação de brasileiros na Espanha e vice-versa".

Para Rosell, o principal interesse dos empresários espanhóis é aumentar os investimentos no Brasil e em outros mercados onde o país tem vantagens competitivas para poder superar os efeitos da crise econômica internacional.

O dirigente admitiu que a economia espanhola passa por graves dificuldades desde 2009 e disse que uma das soluções é aumentar as vendas fora do país. "Nos primeiros sete anos deste século, criamos 5 milhões de empregos e, nos últimos quatro, destruímos 3 milhões".

"O novo governo (espanhol) está empenhado em impulsionar as reformas necessárias para o mercado de trabalho e o mercado financeiro, mas acreditamos que essas reformas não vão dar resultados amanhã: são de médio e de longo prazos", destacou Rosell.

Entre os empresários espanhóis que acompanham o rei Juan Carlos na sua visita de trabalho ao Brasil, estão os presidentes e principais executivos do Banco Santander, Repsol, Telefônica, Iberdrola, Iberia, Isolux, Abengoa, Gas Natural Fenosa, Indra, Acciona, CAF, Talgo, Navantia e Airbus Military. EFE

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