Em resposta à atual volatilidade econômica, várias corporações dos EUA nomearam executivos experientes como CEOs, visando estabilizar suas operações e abordar as preocupações dos investidores. Na semana passada, a CVS Health anunciou David Joyner como seu novo CEO, sucedendo Karen Lynch, sob cuja liderança as ações da empresa caíram quase 11%. A CVS também revisou sua previsão de lucro para 2024 para baixo três vezes devido ao aumento das despesas relacionadas ao Medicare.
A Nike (NYSE:NKE), algumas semanas antes, nomeou Elliott Hill, um ex-executivo sênior, como seu novo presidente e CEO para impulsionar as vendas e competir de forma mais eficaz. A Boeing (NYSE:BA) também escolheu o veterano da indústria Kelly Ortberg como seu CEO no início do ano para navegar através de seus desafios legais e regulatórios.
Brian Jacobsen, economista-chefe da Annex Wealth Management, observou que os investidores frequentemente preferem executivos com um histórico comprovado durante períodos econômicos difíceis. Os EUA viram um número recorde de renúncias de CEOs este ano, com um aumento de 15% para 1.450 de janeiro a agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com um relatório da Challenger, Gray and Christmas, que atribui a rotatividade de liderança em parte à incerteza econômica.
Na segunda-feira, a Walt Disney (NYSE:DIS) nomeou James Gorman, um veterano do Morgan Stanley, como presidente. Gorman também está envolvido na busca por um sucessor para o CEO Bob Iger, que retornou à empresa após uma breve aposentadoria para lidar com a queda causada pela pandemia.
Michael Ashley Schulman, diretor de investimentos da Running Point Capital, explicou que algumas empresas estão se concentrando na estabilidade e experiência para implementar estratégias de recuperação imediata, em vez de buscar transformações de longo prazo.
O sucesso da reintegração de líderes veteranos, ou "CEOs boomerang", tem sido inconsistente. Enquanto Steve Jobs da Apple e Howard Schultz da Starbucks fizeram retornos bem-sucedidos às suas empresas, outras firmas como Dell, Twitter e Procter & Gamble não viram os mesmos resultados positivos ao trazer de volta ex-CEOs.
Pesquisas apresentadas no MIT Sloan Management Review em 2020 sugerem que "CEOs boomerang" podem ter dificuldades em adotar novas estratégias, potencialmente levando a um desempenho inferior. A pesquisa indicou que empresas com CEOs retornando viram seu desempenho anual de ações ficar em média 10% atrás de seus pares. Xu Jiang, professor associado da Fuqua School of Business da Universidade Duke, observou que esses CEOs podem ser excessivamente confiantes e menos adaptáveis, o que pode intensificar problemas se eles se apegarem a estratégias ultrapassadas.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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