Por Gabriel Codas
Investing.com - Algumas semanas depois da aprovação do marco legal do saneamento básico, a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) está avaliando a possibilidade de questionar o texto na Justiça, que ainda não foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. As informações são da edição desta terça-feira da Coluna do Broad, do Estadão.
Marcus Vinícius Fernandes Neves, presidente da entidade, informou à coluna que existem análises em andamento, apesar de não poder antecipar a estratégia da associação. Antes de qualquer decisão, a Aesbe vai esperar as regulamentações que a lei irá passar pelo governo.
Neves explicou que um dos pontos de atenção é a definição da metodologia de comprovação da capacidade econômico-financeira das empresas para os investimentos necessários à universalização. Assim, se uma empresa não comprovar que tem recursos necessários, não poderá fechar contratos ou renovar os atuais.
A possibilidade de judicializar a questão não é nova. A coluna informa que, durante a tramitação da proposta no Congresso, a entidade já alertava para o risco de abrir espaço para a iniciativa privada com maior peso no setor.
Um dos pontos considerados questionáveis na Justiça está o ponto que permite a União formar blocos de municípios para a prestação de serviços regionalizados. Essa função, pelo texto aprovado, pode ficar a cargo do governo federal se, dentro de um ano, Estados não tomarem essa iniciativa