🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Entidade pede ao STF suspensão de lei que obriga plano a cobrir tratamento fora do rol

Publicado 04.11.2022, 18:56
Atualizado 04.11.2022, 19:00
© Reuters.

SÃO PAULO (Reuters) - A União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) entrou nesta sexta-feira com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) em que argumenta ser inconstitucional a obrigação aos planos de saúde de cobrirem tratamentos fora do rol da ANS, pedindo suspensão cautelar de lei deste ano.

A nova lei, aprovada pelo Congresso em agosto e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em setembro, estabelece que tratamentos e exames fora do rol têm cobertura obrigatória caso haja comprovação científica ou recomendações de órgãos competentes. A medida colocou em lados opostos companhias de saúde e entidades de direito ao consumidor.

A lei veio em reação a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em junho, que decidiu por um caráter taxativo ao rol, ou seja, as operadoras só seriam obrigadas a cobrir os tratamentos explicitamente citados nele.

O rol é uma espécie de lista atualizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que define os tratamentos e exames de cobertura obrigatória pelos planos de saúde.

Para a entidade das empresas de autogestão - companhias e entidades que administram os planos de saúde para seus próprios empregados e servidores - a lei viola o caráter complementar dos serviços de saúde pela iniciativa privada.

A Unidas, que representa 106 companhias com 4 milhões de usuários ao todo, afirmou que o texto estabelece "critérios diversos, mais elásticos" e exige das operadoras de planos "mais do que se impõe ao próprio Estado", segundo trecho da ação.

A entidade observa que o próprio Sistema Único de Saúde (SUS) "possui espécie de rol de procedimentos cobertos elaborado pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), que possui exigências a serem observadas e não pode ser obrigado a fornecer todo tratamento ou procedimento prescrito por médico ou odontólogo", segundo a ação.

Para o setor, a medida aumenta a judicialização dos casos e coloca planos, especialmente os de menor porte, em risco, bem como eleva os preços dos serviços aos consumidores, argumentos ecoados pela Unidas na ação.

"Cerca de 80% das autogestões filiadas à Unidas possuem até 20 mil vidas e esse cenário foi um dos fatores que levou a entidade a recorrer ao Supremo", disse a Unidas em comunicado à imprensa. A autogestão em saúde é considerada uma atividade sem fins lucrativos.

Do outro lado, associações do direito ao consumidor comemoraram a nova lei, por dar maior possibilidade de tratamento para certos segmentos da sociedade - entidades ligadas ao autismo, por exemplo, estiveram entre as mais atuantes para sua efetivação.

Outros processos sobre o rol caminham no STF, tendo o ministro Luís Roberto Barroso como relator.

(Por Andre Romani)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.