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ENTREVISTA-Governo insistirá em fim de limite a estrangeiro em companhias aéreas, diz ministro

Publicado 11.07.2016, 20:16
© Reuters. .

Por Leonardo Goy e Alonso Soto

BRASÍLIA (Reuters) - O governo interino de Michel Temer vê como prioridade reapresentar ao Congresso Nacional a proposta de derrubar a restrição à participação de capital estrangeiro em aéreas brasileiras, disse à Reuters o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella.

Após acordo com os senadores, em que se comprometeu a vetar a proposta de fim do limite de 20 por cento que já havia passado na Câmara, o governo se prepara para reapresentar a abertura do mercado por meio de nova Medida Provisória ou Projeto de Lei com regime de urgência, disse o ministro.

Quintella explicou que o compromisso de vetar a liberação dos 100 por cento se deu para atender ao pleito dos senadores, que queriam discutir melhor o assunto, sem perder o conteúdo total da MP, tratava também de temas como a operação da Infraero, e que poderiam ser perdidos se a MP perdesse sua validade. A MP chegou ao Senado às vésperas de caducar.

"Tenho conversado com os senadores a respeito disso e queremos fazer um trabalho e informação, com audiências públicas no Senado, assim teremos boas chances de ter êxito na abertura (do capital das aéreas a estrangeiros)", disse o ministro.

Segundo Quintella, como a MP não foi rejeitada, é possível reapresentar o tema dos 100 por cento em uma nova MP, ou via projeto de lei com urgência, para tramitar mais rápido. "Isso a gente ainda tem de trabalhar com o Senado", disse.

O ministro afirmou que, entre as aéreas que operam no país, apenas a Azul é contra o fim dos limites aos estrangeiros. "A TAM é favorável, a Gol é favorável, a Avianca não se opõe, a única contrária é a Azul", disse.

PRIMEIRAS CONCESSÕES

Quintella disse que no fim de julho haverá a primeira reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que decidirá sobre o primeiro lote de concessões do governo Temer e também de mudanças no modelo dos leilões.

Segundo o ministro, garantidos nesse primeiro lote estão as concessões de quatro aeroportos - Fortaleza (CE), Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS) - e dos terminais de passageiros nos portos de Recife (PE) e Fortaleza (CE).

Outros projetos que poderiam entrar no certame, como a ferrovia Norte-Sul e o trecho entre Goiás e Minas Gerais das BRs 364 e 365, dependem de ajustes e de conversas com investidores.

Quintella defendeu que esse primeiro lote contenha apenas projetos já prontos, "para evitar falsas expectativas", disse.

LEILÃO DE AEROPORTOS

O leilão de concessão de aeroportos está mais adiantado e, segundo o ministro, estará no anúncio do fim do mês. O certame propriamente dito deve ocorrer 90 dias depois, entre o fim de outubro e começo de novembro.

O governo, porém, vai fará algumas mudanças no edital, após sugestões recebidas durante o processo de audiência pública. O documento vai prever que o vencedor pague o equivalente a 25 por cento do valor do preço mínimo da outorga fixado no leilão, além do ágio oferecido no certame.

Por exemplo, se um determinado aeroporto tiver preço mínimo de 1 bilhão de reais, e o lance vencedor for de 1,5 bilhão de reais, o futuro concessionário pagará, ao assinar o contrato, 250 milhões de reais (25 por cento do preço mínimo de 1 bilhão de reais) mais os 500 milhões de reais do ágio.

Os 75 por cento do preço mínimo é que serão parcelados ao longo da concessão, com carência de 5 anos após a assinatura do contrato, para dar fôlego durante os anos iniciais de concessão, quando os investimentos são mais pesados.

© Reuters. .

Quintella estima que somente os 25 por cento do preço inicial dos quatro aeroportos renda ao governo cerca de 1 bilhão de reais em outorgas, recursos que entrariam nas contas do Tesouro no ano que vem, quando os contratos devem ser assinados.

Quintella disse que o governo concordou, mediante pagamento de multa de 2 por cento mais Selic, com o adiamento para o fim do ano do pagamento de 2016 das outorgas de aeroportos concedidos, no valor de cerca de 2,4 bilhões de reais.

"Essa concordância se dá por dois motivos: houve problemas nos empréstimos, que dificultaram para as concessionárias efetivarem o valor. Para o governo também é interessante, pois havendo o pagamento da outorga o governo também tem de pagar sua parte via Infraero", disse, lembrando que a Infraero tem 49 por cento na maior parte das concessões licitadas.

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