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Por Erwin Seba e Nia Williams
(Reuters) - Moradores perto do local do pior vazamento de oleoduto nos Estados Unidos em uma década aceitaram a comoção e o cheiro enquanto as equipes de emergência trabalhavam para limpar em temperaturas quase congelantes, e os investigadores procuravam pistas sobre o que causou o vazamento.
A operadora de oleoduto TC Energy disse na sexta-feira que estava avaliando planos para reiniciar a linha, que transporta 622.000 barris de petróleo por dia para refinarias e centros de exportação nos EUA. Ela não forneceu detalhes de violação ou quando uma reinicialização no segmento quebrado poderia começar.
"Sentimos o cheiro logo pela manhã; era ruim", disse Dana Cecrle, 56, morador de Washington. No entanto, ele minimizou a interrupção: "As coisas quebram. Oleodutos quebram, trens de petróleo descarrilam."
Especialistas ambientais de lugares tão distantes quanto o Mississippi estavam ajudando na limpeza e investigadores federais vasculharam o local para determinar o que causou a ruptura no oleoduto de 36 polegadas (91 cm).
TERCEIRO GRANDE DERRAMAMENTO
A TC Energy pretende reiniciar no sábado um segmento de oleoduto que envia petróleo para Illinois e outra parte que traz petróleo para Cushing em 20 de dezembro, informou a Bloomberg News, citando fontes. A Reuters não verificou esses detalhes.
Foi o terceiro derramamento de vários milhares de barris de petróleo no oleoduto de 4.324 km desde sua inauguração em 2010. Um vazamento anterior de Keystone fez com que o oleoduto permanecesse fechado por cerca de duas semanas.
A TC Energy tinha cerca de 100 trabalhadores liderando os esforços de limpeza e contenção, e a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) estava supervisionando e monitorando, disse Kellen Ashford, porta-voz da EPA.
O regulador dos EUA Pipeline and Hazardous Materials Administration (PHMSA, na sigla em inglês) disse que a empresa fechou o oleoduto sete minutos depois de receber um alarme de detecção de vazamento.
O Condado de Washington, uma área rural com cerca de 5.500 habitantes, fica a cerca de 320 quilômetros a noroeste de Kansas City.
O derramamento não ameaçou o abastecimento de água ou forçou os moradores a evacuar, disse à Reuters o coordenador de gerenciamento de emergências do condado de Washington, Randy Hubbard. Os trabalhadores rapidamente montaram uma área de contenção para impedir que o óleo derramado em um riacho fluísse rio abaixo.
“Não há água potável para consumo humano que saia disso”, disse Hubbard.
(Reportagem de Erwin Seba em Washington, Kansas e Nia Williams em Calgary, Alberta; reportagem adicional de Arathy Somasekhar, Rod Nickel e Stephanie Kelly)
((Tradução Redação São Paulo))
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