Gdansk (Polônia), 9 jun (EFE).- Espanha e Itália se enfrentam neste domingo na estreia da Eurocopa, na Arena Gdansk, na Polônia, com filosofias diferentes, mas com o mesmo objetivo: de garantir a vitória para não dar margem às zebras Croácia e Irlanda.
Enquanto a Espanha tenta conquistar a inédita trinca com duas Euros e uma Copa do Mundo, a Itália quer voltar a levantar um grande título, o que não acontece desde 2006, quando foram campeões mundiais.
Pela Espanha, a base é praticamente a mesma que conquistou a Eurocopa em 2008, com Carles Puyol e David Villa como únicas ausências por causa de lesão.
Iker Casillas é o capitão da equipe. A defesa é formada por Arbeloa, Sergio Ramos, Piqué e Jordi Alba. O trio de meias é o ponto forte da equipe, sendo formado por Busquets, Xabi Alonso e Xavi, além de Iniesta e Silva, que são os responsáveis pela criação.
Para não dizer que a equipe é unanimidade, o setor que causa dúvidas na equipe é o ataque, que conta com Fernando Torres em má fase, e Álvaro Negredo, que ainda não se firmou na seleção.
No entanto, o treinador Vicente Del Bosque pode escalar David Silva e Santi Cazorla na equipe titular, abrindo mão de um centroavante de ofício.
A Espanha tenta se tornar a única seleção na história a vencer em sequência duas Eurocopas e uma Copa do Mundo.
Do outro lado, a Itália tenta voltar a conquistar um torneio de grande expressão, após a Copa de 2006, e superar o momento de crise no futebol italiano por causa do esquema de apostas e manipulações de resultados que vem provocando polêmicas neste ano.
As duas seleções voltam a se enfrentar após quatro anos, quando duelaram nas quartas de final da Euro 2008, com vitória espanhola nos pênaltis.
Astro da Juventus, o goleiro Gianluigi Buffon, reconhece o favoritismo da seleção espanhola não só para a partida de amanhã, mas também para o resto da competição continental.
"Respeitamos a Espanha. No futebol, quase sempre vence o melhor e eles são os melhores. Mas nem sempre acontece dessa forma. Às vezes outros vencem. A Grécia foi campeã em 2004 diante de equipes que eram superiores. A Dinamarca fez a mesma coisa anteriormente. Isso nos dá esperança', disse o goleiro italiano.
O escândalo de apostas envolveu diretamente a seleção de Cesare Prandelli, já que Domenico Criscito foi cortado por causa de seu envolvimento no caso, além das investigações que pairam sobre Buffon e Leonardo Bonucci, ambos atletas da Juve, que dessa vez, não está envolvida no assunto e não corre nenhum risco de punição.
Prandelli terá o desfalque do zagueiro Andrea Barzagli, que havia formado a melhor zaga da Itália ao lado de Chiellini e Bonucci, todos vestindo a camisa da Juventus. Para fortalecer o setor, o técnico deve apresentar equipe com uma linha defensiva de cinco jogadores, com o volante Danielle De Rossi para atuar como zagueiro.
A criação da equipe ficará a cargo também de jogadores da 'Velha Senhora', com o veterano craque Pirlo e o jovem Claudio Marchisio ditando o ritmo de jogo italiano.
No entanto, o alento para a Itália é que a seleção sempre cresce quando seu país está envolvido em escândalos esportivos. Foi campeã das Copas de 1982 e 2006, e agora conta com o retrospecto histórico nessas situações para conquistar o torneio continental.
Prováveis escalações:.
Espanha: Casillas; Arbeloa, Sergio Ramos, Piqué e Jordi Alba; Busquets, Xabi Alonso, Xavi, Iniesta e Silva; Fernando Torres. Técnico: Vicente Del Bosque.
Itália: Buffon; Maggio, Chiellini, De Rossi, Bonucci e Balzaretti; Marchisio, Pirlo e Motta; Balloteli e Cassano. Técnico: Cesare Prandelli.
Árbitro: Viktor Kassai, da Hungria, que será auxiliado por seus compatriotas Gabor Erös e György Ring.
Estádio: Arena Gdansk. EFE