Madri, 25 out (EFE).- A Espanha lidera a doação e o uso terapêutico do sangue do cordão umbilical com 57 mil unidades armazenadas em sete bancos públicos, ou seja, 10% do total em nível mundial, um fato que coloca o país na liderança da Europa.
Essa foi a conclusão apresentada no Fórum Internacional de Credenciamento (IAF, na sigla em inglês), que agrupa entidades de credenciamento e certificação de qualidade como a Fundação CAT, especializada em avaliar os bancos de sangue de cordão umbilical.
Segundo os dados da IAF, a Espanha se transformou no primeiro país europeu e o terceiro do mundo - atrás dos Estados Unidos e Japão - em número de cordões utilizados, sendo que 87% das unidades armazenadas são de máxima qualidade.
Gregorio Garrido, chefe de serviços médicos da Organização Nacional de Transplantes (ONT) da Espanha, assegurou à Agência EFE que este fato se deve principalmente à criação do Plano Nacional de Sangue de Cordão Umbilical (SCU), iniciado em 2008.
O objetivo do plano é alcançar as 60 mil unidades de sangue armazenadas em 2014 - 57 mil já haviam sido alcançadas em outubro deste ano - e fazer com que essas unidades sejam de máxima qualidade, algo fundamental para garantir o êxito no transplante de sangue de cordão.
O sangue do cordão umbilical, por ser rico em células-tronco, é utilizado para "mudar uma medula óssea doente por um saudável", explicou Garrido. Este processo é decisivo em doenças do sangue, especialmente em casos de leucemia, mas também em patologias relacionadas com a imunodeficiência.
A ONT recomenda fazer a doação do cordão umbilical através do sistema público de saúde, que armazena o sangue para utilizá-lo em qualquer paciente, tendo em vista que os bancos privados armazenam o material para uso exclusivo da doadora.
"A única doação útil é a doação feita a um banco público", completou Garrido, que justificou essa afirmação ao apontar que "somente cinco casos de transplantes autólogos" - com sangue do próprio doador - foram registrados entre os 20 mil e 30 mil transplantes que realizados no mundo todo.
De acordo com Garrido, isso ocorre porque a causa mais frequente do transplante de medula é a leucemia, levando em consideração que a maioria dos casos desta patologia têm um componente genético. Desta forma, de nada adianta a realização de um autólogo, já que "as células estão doentes de entrada".
Na Espanha, a doação do cordão umbilical só pode ser feita em uma série de hospitais autorizados - pelos meios técnicos e pela formação específica dos profissionais -, cuja lista pode ser consultada no site do Ministério da Saúde espanhol. EFE
Essa foi a conclusão apresentada no Fórum Internacional de Credenciamento (IAF, na sigla em inglês), que agrupa entidades de credenciamento e certificação de qualidade como a Fundação CAT, especializada em avaliar os bancos de sangue de cordão umbilical.
Segundo os dados da IAF, a Espanha se transformou no primeiro país europeu e o terceiro do mundo - atrás dos Estados Unidos e Japão - em número de cordões utilizados, sendo que 87% das unidades armazenadas são de máxima qualidade.
Gregorio Garrido, chefe de serviços médicos da Organização Nacional de Transplantes (ONT) da Espanha, assegurou à Agência EFE que este fato se deve principalmente à criação do Plano Nacional de Sangue de Cordão Umbilical (SCU), iniciado em 2008.
O objetivo do plano é alcançar as 60 mil unidades de sangue armazenadas em 2014 - 57 mil já haviam sido alcançadas em outubro deste ano - e fazer com que essas unidades sejam de máxima qualidade, algo fundamental para garantir o êxito no transplante de sangue de cordão.
O sangue do cordão umbilical, por ser rico em células-tronco, é utilizado para "mudar uma medula óssea doente por um saudável", explicou Garrido. Este processo é decisivo em doenças do sangue, especialmente em casos de leucemia, mas também em patologias relacionadas com a imunodeficiência.
A ONT recomenda fazer a doação do cordão umbilical através do sistema público de saúde, que armazena o sangue para utilizá-lo em qualquer paciente, tendo em vista que os bancos privados armazenam o material para uso exclusivo da doadora.
"A única doação útil é a doação feita a um banco público", completou Garrido, que justificou essa afirmação ao apontar que "somente cinco casos de transplantes autólogos" - com sangue do próprio doador - foram registrados entre os 20 mil e 30 mil transplantes que realizados no mundo todo.
De acordo com Garrido, isso ocorre porque a causa mais frequente do transplante de medula é a leucemia, levando em consideração que a maioria dos casos desta patologia têm um componente genético. Desta forma, de nada adianta a realização de um autólogo, já que "as células estão doentes de entrada".
Na Espanha, a doação do cordão umbilical só pode ser feita em uma série de hospitais autorizados - pelos meios técnicos e pela formação específica dos profissionais -, cuja lista pode ser consultada no site do Ministério da Saúde espanhol. EFE