GENEBRA (Reuters) - A Organização Mundial do Comércio (OMC) escolheu novamente especialistas em comércio da China e dos Estados Unidos como vice-diretores-gerais, prosseguindo com um delicado equilíbrio geopolítico que também mantém dois poderes conflitantes próximos.
Dois dos quatro selecionados são mulheres, uma novidade no órgão supervisor do comércio global. Seus quatro predecessores, todos homens, deixaram o cargo em 31 de março.
Angela Ellard, advogada norte-americana especialista em comércio que trabalhou no Congresso dos EUA, e Zhang Xiangchen, atualmente vice-ministro do Comércio da China e ex-embaixador da OMC, foram escolhidos para substituir seus compatriotas, de acordo com um comunicado da OMC.
O enviado da França à OMC, Jean-Marie Paugam, e a ex-ministra do Comércio da Costa Rica Anabel González também foram escolhidos.
"É a primeira vez na história da nossa organização que metade dos vices é de mulheres", disse Ngozi Okonjo-Iweala, que se tornou a primeira mulher africana no comando da OMC em 1º de março, sobre a nomeação dos vice-diretores-gerais.
"Isso ressalta meu compromisso em fortalecer nossa organização com líderes talentosos e, ao mesmo tempo, alcançar o equilíbrio de gênero em cargos de chefia", disse ela.
Tradicionalmente, os vice-diretores-gerais da OMC vêm dos Estados Unidos, União Europeia (UE), Ásia e um país em desenvolvimento.
(Por Stephanie Nebehay e Emma Farge)