WASHINGTON (Reuters) - O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse nesta terça-feira que a China deve avançar com compras agrícolas dos Estados Unidos durante a retomada das negociações comerciais entre os dois países, enquanto altos funcionários de ambos os países estão programados para falar por telefone nesta semana.
Kudlow também disse que flexibilizações de restrições do governo dos EUA à empresa de tecnologia chinesa Huawei poderiam ajudar a companhia, mas só seriam por um tempo limitado.
Kudlow declarou em um evento organizado pela CNBC que o presidente dos EUA, Donald Trump, havia concordado durante uma reunião no mês passado com o presidente chinês, Xi Jinping, de não impor novas tarifas, mas esperava-se que a China avançasse com "boa fé" nas compras de produtos agrícolas dos EUA, como soja e trigo.
Kudlow, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, disse depois a repórteres que não havia um cronograma específico para as compras agrícolas, nem para chegar a um acordo. "Sem cronograma. A qualidade não é rápida", acrescentou.
EUA e China concordaram durante uma reunião de cúpula dos líderes do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, no Japão, no mês passado, reiniciar as negociações, amenizando os temores de que uma guerra comercial marcada por tarifas diretas entre as duas maiores economias do mundo possa aumentar.
Kudlow disse que os principais negociadores dos EUA e da China conversariam por telefone nesta semana, com encontros presenciais a serem realizados em breve.
(Por Andrea Shalal)