FRANKFURT (Reuters) - Autoridades dos Estados Unidos iniciaram negociações para um acordo com os bancos alemães Commerzbank e Deutsche Bank sobre suas operações com países na lista negra dos EUA, ampliando as ações restritivas contra bancos europeus em um momento delicado da relação EUA-Alemanha.
As conversas com autoridades estaduais e federais acabaram de começar, disse uma fonte com conhecimento direto das investigações à Reuters, e o momento do acordo não está claro.
O Deutsche Bank (DE:DBKGn) e o Commerzbank (DE:CBKG) não quiseram comentar.
Washington tem sido duro com bancos europeus que evadiram as sanções, impondo uma multa recorde ao francês BNP Paribas (PA:BNPP) na semana passada e elevando o ressentimento entre profissionais do mercado pelo que eles vêm como imperialismo norte-americano.
O governo alemão tem 17 por cento do Commerzbank, segundo maior banco da Alemanha, e as conversas sobre um acordo podem elevar as tensões entre Berlim e Washington, já prejudicadas pelas acusações de que um alemão trabalhou como agente duplo para os EUA.
O Commerzbank é acusado por autoridades norte-americanas de transferência de dinheiro por meio de suas operações nos Estados Unidos em nome de empresas no Irã e Sudão e poderia pagar pelo menos 500 milhões de dólares em multas, de acordo com o New York Times.
A Reuters noticiou na semana passada que o Deutsche Bank, o Banamex USA, e dois grandes bancos franceses - Credit Agricole (PA:CAGR) e Société Générale (PA:SOGN), estão entre as instituições sendo investigadas por autoridades norte-americanas por possíveis violações de sanções.
(Por Thomas Atkins e Alexander Hübner)