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Eurogrupo anuncia "segunda rodada" de reforma trabalhista na Espanha

Publicado 22.11.2013, 19:29

Bruxelas, 22 nov (EFE).- O Eurogrupo pediu nesta sexta-feira à Espanha que garanta o cumprimento do objetivo de déficit de 5,8% em 2014 e incluiu de medidas "adicionais" baseadas no programa de reformas, incluída "uma segunda rodada na reforma trabalhista", anunciou o presidente do fórum, Jeroen Dijsselbloem.

"No caso da Espanha, fomos informados que estão preparando medidas baseadas no Programa Nacional de Reformas, incluída uma segunda rodada da reforma trabalhista", disse Dijsselbloem em entrevista coletiva logo depois da reunião dos ministros de Economia e Finanças da zona do euro.

O Eurogrupo pediu a Espanha e a outros três países da eurozona que estão no limite de ultrapassar o orçamento e descumprir dos objetivos de déficit ou de dívida em 2014 que "tomem as medidas apropriadas em seu orçamento nacional e, paralelamente, combatam os riscos identificados pela Comissão Europeia" para garantir seu pleno cumprimento.

Os ministros de Espanha, Itália, Malta e Finlândia mostraram seu "pleno compromisso de combater os riscos e explicaram seus planos de como pretendem respeitar as regras orçamentárias" sobre déficit e dívida.

O vice-presidente da Comissão Europeia (CE) e responsável por Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn por sua vez, disse que precisa "ver sustentadas as medidas" espanholas, baseadas no programa de reformas que está sendo preparado.

"Não falamos que é necessário um impacto estrutural enorme. Falamos em torno de 0,25% do PIB, com efeitos estruturais", explicou.

Para Rehn é "essencial" que as medidas planejadas ou em preparação sejam apresentadas em breve em termos concretos para que a CE possa avaliá-las e informar o Eurogrupo.

O ministro espanhol de Economia, Luis de Guindos, disse na saída do Eurogrupo que não pediu ajustes adicionais à Espanha diante do risco de descumprimento do objetivo de déficit em 2014 e que houve um reconhecimento de que as reformas que ainda estão pendentes têm um impacto orçamentário que deve ser levado em conta.

"Não há nenhuma modificação da abordagem da política econômica espanhola. O que há é nosso Programa Nacional de Reformas e o Plano de Estabilidade e nossas projeções orçamentárias para o ano que vem", indicou.

"O que fiz é ratificar o compromisso da Espanha com o objetivo de 5,8% do PIB para 2014" e de 6,5% este ano, e explicar aos demais ministros o plano de reformas, as medidas que ficam pendentes e como elas têm implicações orçamentárias que garantem não só um aumento do crescimento potencial em médio prazo, mas também o cumprimento dos objetivos, acrescentou. EFE

cai/cd

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