Bruxelas, 2 mai (EFE).- Os ministros de Finanças da zona do euro
se reúnem esta tarde em Bruxelas para avaliar o estrito plano de
ajuste que o Governo grego acaba de aceitar, assim como a possível
ativação do mecanismo de ajuda financeira internacional estipulado
em troca.
Os ministros escutarão o relatório do comissário europeu de
Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, sobre o programa de
consolidação fiscal trienal que acabaram de negociar ontem técnicos
da Comissão Europeia (órgão executivo da UE), o Banco Central
Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional, com as autoridades
gregas.
Esse plano era uma condição prévia para o acesso aos fundos
internacionais, que podem chegar a 135 bilhões de euros para salvar
o país da quebra.
O Governo grego se comprometeu, entre outras medidas, a baixar o
salário dos funcionários e parar as contratações públicas durante
três anos, para reduzir o déficit, que em 2009 subiu para 13,6% do
PIB, até 3,6% no ano de 2013.
Também prevê cortes nas pensões; um aumento de 10% dos impostos
sobre álcool, tabaco e gasolina, e uma nova alta do IVA, de dois
pontos, para 23%, segundo os detalhes do plano adiantados pelos
meios de imprensa gregos.
Uma vez que a Grécia aceitou o programa de austeridade, não está
claro, no entanto, se a reunião extraordinária do Eurogrupo desta
tarde será a última e acabará com uma decisão definitiva de ativar
os empréstimos europeus para a Grécia.
Tudo indica que a decisão será tomada ao máximo nível político,
entre os chefes de Estado e Governo da eurozona em uma cúpula
extraordinária que poderia ser realizada entre os dias 7 e 10 de
maio, segundo fontes diplomáticas. EFE