BRUXELAS (Reuters) - A Grécia pediu nesta quinta-feira uma extensão de seis meses de seu programa de resgate a países da zona do euro, prometendo honrar todas as suas dívidas e a não tomar medidas unilaterais que afetem metas fiscais, segundo um documento visto pela Reuters.
O documento aparentemente vai de forma substancial na direção da posição adotada por ministros das Finanças da zona do euro em negociações anteriores.
O pedido formal de Atenas será discutido por autoridades de bancos centrais numa teleconferência ainda nesta quinta-feira e por ministros das Finanças da zona do euro em Bruxelas na sexta-feira.
"As autoridades gregas honram as obrigações financeiras da Grécia para com todos os seus credores e também expressam nossa intenção de cooperar com nossos parceiros para evitar impedimentos técnicos no contexto do Acordo Master sobre o Instrumento de Assistência Financeira que reconhecemos como obrigatório em relação ao seu conteúdo financeiro e processual", disse o documento.
O documento diz que o objetivo da extensão de seis meses do programa de resgate é, entre outras coisas, "assegurar, trabalhando de perto com nossos parceiros europeus e internacionais que quaisquer novas medidas sejam totalmente financiadas ao mesmo tempo evitando ações unilaterais que afetariam as metas fiscais, a recuperação econômica e a estabilidade fiscal".
Isso aparentemente compromete o novo governo de esquerda a conter boa parte de novas legislações e à "supervisão" por três instituições que inspecionam o resgate --a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional. Conhecido como "troika", o grupo passou a ser muito odiado na Grécia.
O documento, no entanto, não usou os termos informais "troika" ou "resgate".
(Por Jan Strupczewski)