SÃO PAULO (Reuters) - O ex-diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais da Petrobras Renato Duque negou em depoimento prestado à Polícia Federal nesta segunda-feira envolvimento com o suposto esquema de corrupção na estatal, informou a assessoria de imprensa do ex-executivo.
Ao lado de executivos de empreiteiras, Duque foi um dos presos na última sexta-feira no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga denúncias de desvio de recursos da Petrobras.
Segundo o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso em uma fase anterior da Lava Jato e que posteriormente deixou a prisão em um processo de delação premiada, empreiteiras formariam um cartel para concorrer às obras da estatal e parte do sobrepreço pago pela empresa seria repassado a partidos políticos, como PT, PP e PMDB.
Duque afirmou em depoimento desconhecer a existência de cartel entre os fornecedores da Petrobras e disse que as licitações feitas durante o período em que atuou como diretor eram pautadas por "critérios técnicos".
De acordo com a assessoria de imprensa do ex-executivo, ele também "negou qualquer participação em práticas criminosas, envolvendo fornecedores da empresa. Ele afirmou não ter conta no exterior".
"Duque se colocou à disposição para qualquer esclarecimento solicitado pelas autoridades", afirma a nota da assessoria do ex-diretor.
(Reportagem de Eduardo Simões)