A Fenabrave, associação que representa as concessionárias de veículos, melhorou nesta terça-feira, 3, a expectativa de vendas neste ano, após resultados que surpreenderam os prognósticos iniciais de estagnação do mercado. A previsão agora é de crescimento de 5,6%, o que, se confirmado, significará vendas de 2,22 milhões de unidades, na soma de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.
A projeção anterior, feita em janeiro, apontava para estagnação do mercado - crescimento zero - em 2,1 milhões de veículos.
A revisão foi apresentada junto com o balanço do setor de setembro, que mostrou aumento de 8,5% das vendas de veículos desde o início do ano, com 1,63 milhão de veículos vendidos nos nove primeiros meses.
O presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, atribuiu o otimismo às medidas tomadas, em especial os descontos que o governo patrocinou nas vendas de carros, além do aquecimento sazonal do mercado no segundo semestre, sobretudo nos últimos três meses do ano.
Para as vendas de motos, a previsão de crescimento neste ano passou de 9% para 20%, chegando a um total de 1,64 milhão de motocicletas.
Andreta Júnior ressaltou que 2023 pode terminar ainda melhor do que as projeções da Fenabrave, caso o governo inclua estímulos ao mercado dentro da nova fase do regime automotivo, chamada de Mobilidade Verde, que está para ser lançada nos próximos dias.
A Fenabrave, conforme relatou seu presidente, levou ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) uma proposta que visa aumento de escala a partir de redução nos preços dos automóveis.
Sem abrir detalhes do plano, o executivo disse apenas que o impacto de reduções de alíquotas ao cofre do Tesouro pode ser compensado pelo aumento das vendas, que leva à maior arrecadação.
Citando a pequena melhora do crédito e a perspectiva de impactos positivos da reforma tributária no setor, o presidente da Fenabrave também demonstrou confiança no desempenho do mercado automotivo em 2024. "Podemos iniciar o ano que vem em um ciclo virtuoso de crescimento", declarou.