Por Jack Queen
(Reuters) - Os advogados da empresa Dominion Voting Systems devem pedir nesta terça-feira a um juiz de Delaware que considere a Fox Corp responsável por difamação por veicular alegações de fraude eleitoral desmentidas, enquanto os advogados da Fox que lutam contra um processo de 1,6 bilhão de dólares argumentam que a cobertura eleitoral da emissora em 2020 representou discurso constitucionalmente protegido.
O juiz da Corte Superior de Delaware Eric Davis deve presidir uma audiência em Wilmington antes do início do julgamento de difamação agendado para 17 de abril. Ambos os lados estão tentando convencer Davis de que ele deve decidir a seu favor sem a necessidade de o caso ir a julgamento.
A Dominion processou a Fox Corp e a Fox News em 2021, acusando-as de arruinar sua reputação ao divulgar falsas alegações do ex-presidente republicano Donald Trump e seus advogados de que as máquinas de votação da empresa com sede em Denver foram usadas para fraudar o resultado da eleição contra ele e em favor do democrata Joe Biden.
É um dos casos de difamação mais observados envolvendo uma grande organização de mídia dos EUA em anos, colocando a influente rede de notícias a cabo que conta com comentaristas conservadores contra uma empresa de tecnologia eleitoral que afirma que a cobertura da Fox destruiu seus negócios.
Se o juiz considerar a Fox responsável por difamação nesta fase do litígio, o julgamento tratará apenas de quanto ela deve pagar à Dominion pelos danos.
A Fox argumentou em documentos judiciais que a cobertura das alegações de fraude eleitoral por Trump e seus advogados era inerentemente digna de notícia e protegida pela garantia de liberdade de imprensa da Primeira Emenda da Constituição dos EUA.