Paris, 15 mai (EFE).- A França entrou formalmente em recessão no primeiro trimestre deste ano, segundo os números apresentados nesta quarta-feira, e o governo apontou a crise na zona do euro como principal responsável por este recuo, reivindicando uma reorientação de sua política e uma reviravolta a favor do crescimento.
O presidente francês, François Hollande, qualificou a situação como "grave" e afirmou que "o dano no crescimento afeta a Europa inteira" e, por meio da porta-voz de seu governo, disse que a recessão atual na França é "menos profunda" do que a última ocorrida no começo da crise.
"É a zona do euro em conjunto que está emperrada", repetiu o ministro das Finanças, Pierre Moscovici, depois que o Instituto Nacional de Estatística (INSEE) anunciou que pelo segundo semestre consecutivo o Produto Interno Bruto (PIB) da França caiu 0,2% entre janeiro e março.
Isso signifca que "tecnicamente a França está em recessão", reconheceu Moscovici em entrevista à imprensa na saída do Conselho de Ministros.
Hollande insistiu que a Europa "é o principal fator do arrefecimento" sofrido na França, país que "se comporta um pouco melhor do que o resto da zona do euro", mas "não é possível aceitar" que o nível de desemprego nos países-membros continue tão elevado.
Por isso, defendeu uma "reorientação" da política para que "a zona de euro seja mais forte e volte a registrar crescimento". EFE