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Investing.com — Os contratos futuros dos principais índices acionários dos EUA operam em alta nesta quinta-feira, em meio à digestão de uma enxurrada de balanços corporativos e à persistente incerteza sobre a trajetória da guerra comercial.
Às 11h15 de Brasília, o Dow Jones subia 72 pontos, ou 0,16%, enquanto o S&P 500 avançava 0,79% (alta de 42 pontos) e o Nasdaq Composite subia 1,35%, com ganho de 226 pontos.
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Os três principais índices caminham para encerrar a semana em terreno positivo. Na véspera, os mercados foram impulsionados pelas declarações de Donald Trump sobre a possibilidade de reduzir as tarifas sobre produtos chineses, além do recuo nas críticas direcionadas ao Federal Reserve.
Alphabet (NASDAQ:GOOGL) lidera a temporada de balanços do 1º trimestre
A sequência de resultados trimestrais acima do esperado tem ajudado a sustentar o sentimento do mercado nesta semana, criando um ambiente mais favorável para a continuidade da temporada de balanços.
O destaque do dia é a Alphabet, controladora do Google, que apresenta seus números após o fechamento do mercado. O foco estará voltado para os planos da empresa em relação aos investimentos em inteligência artificial, segmento em que a companhia tem se posicionado entre as mais agressivas de Wall Street.
Entre outros destaques corporativos:
- IBM (NYSE:IBM): as ações da empresa caíram, mesmo após a divulgação de lucro e receita acima do esperado no primeiro trimestre. O guidance anual, porém, foi mantido, o que pode ter frustrado parte das expectativas.
- Southwest Airlines (NYSE:LUV): os papéis da companhia aérea recuaram após o anúncio de cortes na malha aérea para o segundo semestre e a retirada das projeções de lucro operacional para 2025 e 2026.
- Hasbro: as ações avançaram, impulsionadas por receita acima do consenso no primeiro trimestre, com destaque para o desempenho da divisão de jogos digitais.
- Chipotle Mexican Grill: os papéis caíram após a rede mexicana reportar vendas abaixo do previsto e recuar em sua projeção de crescimento nas vendas de lojas comparáveis para o ano, que agora não considera mais o limite superior da faixa anteriormente divulgada.
- Texas Instruments: a fabricante de semicondutores teve forte alta, ao divulgar lucro acima das expectativas e uma projeção otimista para o segundo trimestre.
- PepsiCo (NASDAQ:PEP): as ações recuaram após a companhia revisar para baixo sua estimativa de lucro anual ajustado, citando problemas logísticos em sua cadeia de suprimentos.
Esperança de alívio na guerra comercial sustenta os índices
O otimismo do mercado recebeu impulso das declarações de Trump, que sinalizou abertura para reduzir as tarifas de 145% impostas sobre produtos chineses — desde que haja disposição de Pequim para retomar as negociações.
Essas expectativas, no entanto, foram moderadas após o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmar que não há proposta unilateral da Casa Branca para cortar tarifas. Apesar disso, ele reiterou que os atuais níveis tarifários são insustentáveis e que espera por uma redução das tensões em breve.
O sentimento também foi favorecido pela suavização do tom de Trump em relação ao Federal Reserve. Após dias de críticas ao presidente do banco central, Jerome Powell, o presidente dos EUA afirmou que não pretende demiti-lo — sinal interpretado como tentativa de estabilizar a comunicação com o mercado.
No front macroeconômico, dados divulgados nesta manhã mostraram que os pedidos semanais de seguro-desemprego subiram conforme o esperado, somando 222 mil na semana encerrada em 19 de abril, ante 216 mil na anterior. Apesar da leve alta, o indicador permanece dentro de uma faixa historicamente estável, mesmo diante das incertezas geradas pelas tarifas.
Petróleo avança após queda da véspera
Os preços do petróleo registram recuperação, após a correção observada na sessão anterior, motivada por relatos de aumento na oferta por parte da Opep.
Os contratos do Brent e do WTI haviam caído cerca de 2% na quarta-feira, após a Reuters informar que países produtores do cartel querem ampliar a produção em junho, mantendo o ritmo de elevação iniciado de forma inesperada em maio. O grupo Opep+, que inclui a Rússia, se reúne no próximo mês para discutir os volumes finais.
(Ambar Warrick contribuiu para este artigo.)