LAUSANA (Reuters) - A Glencore (LON:GLEN) não vê uma consolidação futura nas commodities agrícolas como algo simples e vê uma aquisição nos Estados Unidos como menos crucial do que no passado, disse o chefe de agricultura do grupo nesta terça-feira.
A trading de commodities indicou a possibilidade de fazer aquisições após registrar resultados melhores para 2016 e tem havido especulação frequente de que o grupo estava avaliando o setor de grãos dos EUA por conta de sua presença limitada ali.
A Glencore, que se tornou uma das principais operadoras internacionais de grãos a partir de sua aquisição da canadense Viterra, em 2012, vendeu 50 por cento de seu negócio agrícola a dois fundos de investimentos canadenses no ano passado.
"Eu acho que a indústria precisa de consolidação, mas na prática, é mais fácil falar do que fazer", disse o presidente da divisão agrícola da Glencore, Chris Mahoney, durante a Cúpula Global FT Commodities em Lausana.
Mahoney disse que acordos entre as maiores operadoras globais, como a ADM, Cargill e Bunge poderiam esbarrar em restrições regulatórias em territórios de competição onde atores menores são menos atrativos.
"Se você descer um nível, algumas das companhias menores, se você for um comprador, não necessariamente terão o que você gostaria. Elas não têm grandes ativos nos locais certos", disse Mahoney.
A preferência da Glencore é por ativos físicos com foco em exportação, mas uma mudança no foco das commodities para o processamento e logística, em detrimento da operação, torna menos crítica a necessidade de comprar ativos nos EUA, disse ele.
(Por Gus Trompiz)