Por Nick Carey
DETROIT, Estados Unidos (Reuters) - A General Motors (NYSE:GM) abriu nesta quarta-feira um processo contra a Fiat Chrysler, alegando que a rival subornou representantes da central sindical norte-americana United Auto Workers ao longo de muitos anos para interferir no processo de negociação trabalhista e obter vantagens, o que custou bilhões de dólares à GM.A General Motors afirmou que vai buscar reparação "substancial" da FCA e que vai reinvestir os recursos nos Estados Unidos. A empresa não deu detalhes sobre valores.
O processo foi aberto em um momento em que a FCA trabalha para se fundir com a rival francesa PSA e negocia um contrato de trabalho de quatro anos com a UAW.
"Estamos chocados com esse processo, tanto pelo seu conteúdo quanto pelo momento em que ele foi aberto", afirmou a FCA em comunicado. "Apenas podemos assumir que isso tem a intenção de interromper nossa proposta de fusão com a PSA, bem como nossas negociações com a UAW."
Um representante da PSA não comentou o assunto de imediato.
A UAW deixou a FCA para negociar por último um acordo trabalhista depois de acertar acordos com Ford, na semana passada, e com GM, em outubro.
A central sindical afirmou em comunicado que "estamos confiantes que os termos destes contratos não foram afetados" pelas ações da FCA ou de representantes da UAW. A entidade afirmou que "lamenta" que as alegações possam causar dúvidas sobre os contratos.
O processo da GM cita três ex-executivos da FCA que admitiram culpa em uma investigação federal em andamento sobre a UAW e a FCA. A GM afirmou que o inquérito, junto com sua própria investigação, resultaram no processo.