Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - As ações da Gol (BVMF:GOLL4) lideram as perdas do índice nesta tarde, após a companhia ter divulgado o seu balanço do segundo trimestre de 2022. Apesar de parte dos números estarem de acordo com as expectativas do mercado, a pressão no custos, especialmente causada pelo preço do combustível, faz com que o cenário de curto prazo continue desafiador para a empresa.
Às 12h, as ações da Gol caíam 4,21%, a R$ 8,65. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 0,01%, a 101.427 pontos.
O Ebitda recorrente da Gol chegou a R$ 439 milhões, para uma margem Ebitda de 13,5%. Enquanto o Ebitda não ajustado atingiu os R$ 235 milhões, em linha com o esperado pelo Goldman Sachs (NYSE:GS). O banco internacional destaca, porém, que a Gol apresentou yields recordes no 2T22 de R$ 0,43, apesar do 2T22 ser um trimestre sazonalmente mais fraco.
A Gol também aproveitou a oportunidade para atualizar o seu guidance para 2022, para refletir os custos mais altos do combustível e o consequente repasse disso aos consumidores. A Gol agora espera que a capacidade cresça entre 55-65% ao ano, ante a previsão anterior de 65-75%, e que a receita líquida atinja os R$ 15,4 bilhões, acima dos R$ 13,7 bilhões prévios.
Um ponto destacado pelo Goldman Sachs é que a média do guidance implica em um RASK para o segundo semestre próximo dos 31%, acima dos níveis de 30% do 2S19, antes da pandemia. De uma maneira geral, o banco internacional considerou positiva as mudanças do guidance.
Para o Goldman Sachs, o curto prazo deve continuar desafiador, em especial por causa dos preços elevados do combustível. Ainda assim, o banco mantém uma indicação de compra sobre as ações, com preço-alvo em R$ 12,90.