Money Times - Em meio ao cenário eleitoral conturbado, o Goldman Sachs realizou um exercício para tentar descobrir qual banco tem o maior risco e oportunidade entre os avaliados pelo banco de investimento no Brasil: Itaú Unibanco (SA:ITUB4), Bradesco (SA:BBDC4), Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Santander (SANB11)
“Os bancos geralmente são mais afetados por esse cenário do que outras ações, pois são pró-cíclicos, altamente regulados e operam em um setor no qual as empresas controladas pelo governo tendem a ter participação de mercado significativa (42% dos ativos em março de 2018)”, apontam os analistas Carlos G. Macedo, Thiago Auzier, Steven Goncalves e Garrett Welch.
Eles calculam duas principais fontes de volatilidade para os preços das ações bancárias: múltiplos de avaliação (risco-país, beta, etc.) e resultados esperados. “Nas eleições em que os candidatos representam políticas macro potencialmente substancialmente diferentes, é difícil formular cenários de lucros de alta convicção, de modo que os múltiplos tendem a impulsionar os preços das ações”, avaliam.
Análises
O banco ressalta que os candidatos a presidente só divulgaram plataformas propostas limitadas até o momento. No caso base, as regras atuais permanecem em vigor, mas existe um risco para as perspectivas. Dentro desse contexto, o Goldman continua a preferir o Bradesco com a recomendação de compra, que ainda é negociado com desconto e, segundo a análise, tem o menor limite de queda.
Por outro lado, o Santander Brasil (SA:SANB11), com indicação de venda, tem o menor limite de estresse e o maior de ganhos (embora não seja possível atingi-lo devido à pressão sobre as margens), o que implica o potencial de maior volatilidade.
Na tabela abaixo, o Goldman Sachs combinou a análise do rendimento dos lucros ajustados com a avaliação de risco do país para fornecer uma imagem mais ampla e dinâmica da faixa potencial de avaliações para ações dos bancos. Nesta análise, foi aplicado o rendimento máximo e mínimo ajustado dos lucros, bem como o nível de pico do risco-país. No entanto, dada a mudança na dinâmica do mercado, a base para o risco-país e o spread médio de CDS foi buscado de países com ratings BBB comparáveis.
Por Money Times