As divergências entre a Rússia e a Arábia Saudita sobre a produção mundial de petróleo levaram a Ágora Investimentos a promover um forte corte nas projeções para a Petrobras (SA:PETR4). O preço-alvo do papel baixou de R$ 38 para R$ 23,50 – uma queda de 38,15%.
Mesmo com o novo preço-alvo, as ações apresentam um bom potencial de alta. Por volta das 14h desta segunda-feira (9), as preferenciais da Petrobras eram negociadas a R$ 17,42 – uma queda de 23,70% sobre o fechamento da sexta-feira.
Assim, com base nesse valor, a valorização potencial embutida no novo preço-alvo calculado pela Ágora é de 35%. Apesar de encher os olhos, a recomendação da gestora do Bradesco (SA:BBDC4) para os papéis baixou de compra para neutra – isto é, desempenho esperado em linha com o mercado.
Em um breve comentário assinado pelos analistas Vicente Falanga e Ricardo França, a Ágora afirma que a revisão foi motivada, sobretudo, pelos menores preços esperados para o petróleo do tipo Brent nos próximos meses.
A Ágora cortou a projeção do barril, para este ano, de US$ 65 para US$ 35. No longo prazo, a gestora espera que o petróleo suba para US$ 55. “É difícil saber quando essa guerra de preços terminará, mas deve trazer resultados muito negativos para os preços do petróleo no curto prazo”, afirmam os analistas.