BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal irá trabalhar para fechar um acordo o "mais rápido possível" para reparar danos relacionados ao rompimento de barragem da mineradora Samarco em Mariana (MG), afirmou nesta sexta-feira o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O colapso da estrutura da Samarco --joint venture da Vale (BVMF:VALE3) com a anglo-holandesa BHP--, em novembro de 2015, gerou uma onda gigante de lama que matou 19 pessoas, deixou centenas de desabrigados e atingiu o importante rio Doce em toda a sua extensão até alcançar o litoral do Espírito Santo.
Um acordo inicial fechado entre a mineradora, suas donas e autoridades, de 2016, permitiu o início dos trabalhos de reparação e a suspensão temporária de ações na Justiça. No entanto, o acerto previa o cumprimento de novas etapas de negociações para ajustes, até que um acordo final fosse assinado.
"Será feita uma reunião... para vermos se a gente consegue, no prazo mais rápido possível, fechar esse acordo de compensação diante do crime ambiental que foi cometido em Mariana. Queremos velocidade na negociação final desse acordo", afirmou Padilha, após participar de reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os 27 governadores e ministros.
A reunião, cuja data não foi informada, será conduzida pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e terá a participação de representantes do Ministério de Minas e Energia, da Advocacia Geral da União e dos governos de Minas Gerais e Espírito Santo, acrescentou Padilha.
(Por Lisandra Paraguassu, em Brasília, e Marta Nogueira, no Rio de Janeiro)