Rio de Janeiro, 19 mai (EFE).- O Governo de Dilma Rousseff desmentiu neste domingo os rumores sobre o fim do Bolsa Família, programa de auxílio a pessoas em situação de extrema pobreza, um boato que levou muitos beneficiários a correr aos bancos para tentar retirar as somas a que têm direito.
Milhares de pessoas fizeram longas filas em caixas automáticos em estados do norte e nordeste, como Alagoas, Paraíba, Maranhão, Amazonas e Pará, e até em algumas cidades do Rio de Janeiro, segundo informou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
Em entrevista coletiva em Brasília, a ministra explicou que as maiores aglomerações aconteceram nas capitais do norte e nordeste, mas assegurou que as filas diminuíram "bastante" neste domingo.
Tereza garantiu que o Governo manterá a transferência de renda a 13,8 milhões de famílias pobres, que forma a base do programa de erradicação da miséria promovido pela presidente Dilma Rousseff.
A pedido do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Polícia Federal abriu uma investigação para definir a origem dos boatos.
"Não entendo quem ganharia divulgando isso", disse Tereza, que evitou afirmar se os rumores podem ter motivação política.
Antes da entrevista de Tereza Campello, seu ministério desmentira os rumores através de um comunicado, no qual assegurou que "não há possibilidade alguma" de serem alteradas as regras do programa assistencial, em vigor há dez anos.
Em outra nota, a Caixa Econômica Federal informou que o calendário de pagamentos continua "normalmente" e que "não procede" a informação de que sábado seria o último dia para receber o subsídio.
O Governo prevê desembolsar este ano cerca de R$ 23,18 bilhões com o Bolsa Família. EFE