Madri, 7 jun (EFE).- O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, rejeitou mencionar um valor específico sobre as necessidades de recapitalização dos bancos espanhóis e disse que, para isso, pretende esperar as conclusões dos dois auditores internacionais e dos dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, o chefe do Executivo espanhol foi perguntado de forma reiterada sobre a quantia que as entidades financeiras espanholas devem precisar.
Rajoy lembrou que seu governo contratou dois auditores internacionais para que revisem a situação dos bancos e afirmou que, por isso, "parece razoável esperar para ver o que dizem".
Uma vez que o governo souber de suas conclusões e dos dados do FMI, "tomaremos a decisão que melhor servir aos interesses gerais dos espanhóis", acrescentou o primeiro-ministro espanhol.
Sobre os diferentes números (desde 40 bilhões até 80 bilhões de euros) que se especulam, Rajoy disse compreender a pressa sobre tais informações e reconheceu que é possível fazer apostas, mas destacou que ele, "como presidente do governo da Espanha", não pode fazê-lo até que não tenha o número definitivo.
Ele lembrou que, por causa da crise de 2008, vários países europeus injetaram muito dinheiro em seus bancos, enquanto a Espanha foi um dos que menos dinheiro injetou.
O governante considerou o principal problema da Espanha na atualidade é a dívida externa e reconheceu que o país teve de pedir muito crédito externo, além de ter aumentado a inadimplência ligada às promoções imobiliárias.
Ainda assim, se mostrou otimista de que a Espanha superará esta situação e mencionou que estão sendo tomadas as medidas necessárias para voltar a crescer e criar emprego. EFE