Por Michael Erman e Robin Respaut
NOVA YORK/SÃO FRANCISCO (Reuters) - A Novartis AG e a Bayer estão entre cerca de 30 companhias farmacêuticas que tomaram medidas para elevar os preços de seus medicamentos nos Estados Unidos em janeiro, encerrando uma pausa decidida por conta própria nos aumentos feitos por uma indústria farmacêutica sob pressão da administração do presidente Donald Trump, de acordo com documentos aos quais a Reuters teve acesso.
Outros fabricantes de medicamentos que devem aumentar os preços no início de 2019 incluem a Allergan, a GlaxoSmithKline, a Amgen, a AstraZeneca e a Biogen, mostram os documentos.
Os aumentos representam um novo desafio para a promessa do presidente Trump de reduzir os custos dos medicamentos prescritos no mercado farmacêutico mais caro do mundo.
Vinte e oito fabricantes de medicamentos protocolaram notificações em agências da Califórnia no início de novembro, divulgando que planejavam aumentar os preços em 60 dias ou mais. Segundo uma lei estadual aprovada no ano passado, as empresas são obrigadas a notificar entidades que financiam ou reembolsam custos de serviços de saúde, como seguradoras, na Califórnia caso pretendam elevar o preço de tabela dos EUA a qualquer medicamento em mais de 16 por cento em um período de dois anos.
Os detalhes foram fornecidos à Reuters em resposta a um pedido de registro público aos Serviços de Assistência à Saúde Prisional da Califórnia, que fornece serviços de saúde ao departamento prisional do Estado. O departamento desembolsa mais de 3 bilhões de dólares anualmente em medicamentos para detentos, mais do que em qualquer outro Estado.
Em julho, a Pfizer disse que adiaria aumentos nos preços até janeiro de 2019, após críticas de Trump, à medida que estruturava suas novas políticas de preços. O movimento da Pfizer levou muitos de seus pares do setor, incluindo Bayer, Novartis, Allergan, AstraZeneca e Amgen, a seguirem o exemplo.
A Pfizer já anunciou planos para aumentar os preços de 41 medicamentos em meados de janeiro, mesmo período previsto para as correções de preço da maioria das farmacêuticas.
(Por Michael Erman e Robin Respaut)