PARIS (Reuters) - As empresas francesas farão sua parte para atender à demanda do governo de redução em 10% no consumo de energia para evitar racionamento, em meio a preocupações com a escassez dado o avanço da guerra na Ucrânia, disse um importante grupo de lobby empresarial nesta segunda-feira.
"Não é impossível. É um esforço significativo, mas absolutamente necessário, porque queremos evitar racionamentos e cortes de energia que param a produção", disse Geoffroy Roux de Bezieux, chefe do grupo Medef, à rádio France Inter.
Questionado sobre a ameaça de um imposto temporário para as empresas que lucram muito com a crise de energia, Roux de Bezieux disse que se opõe firmemente à ideia.
No fim de semana, a primeira-ministra Elisabeth Borne disse ao jornal Le Parisien que "não estava fechando a porta" a um imposto desse tipo, embora tenha acrescentado que faz mais sentido as empresas adotarem medidas que reduzam os preços para os consumidores e melhorem o poder de compra de seus funcionários.
"O maior gerador de lucros é o Estado cujas receitas fiscais aumentaram no primeiro semestre... graças aos lucros abundantes dessas empresas", disse Roux de Bezieux.
Nesta segunda-feira, Borne deve pedir às empresas que intensifiquem seus esforços para economizar energia, à medida que os preços disparam abalados pela guerra no exterior e pelos problemas de produção nuclear na França.
"Vamos manter as medidas para amortecer os preços de energia", disse Borne ao Le Parisien. "Não vamos deixar os preços de energia explodirem."
(Por Dominique Vidalon e Elizabeth Pineau; redação de Richard Lough)